quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

...Mas aos burlões do BPN não chamam nada...

Baptista da Silva:

"Chamar-me burlão é fácil, aos burlões do BPN não chamam nada"

"O fundamental de toda a mensagem, o seu conteúdo de análise, diagnóstico e propostas alternativas passou a ser despiciendo e invariavelmente ignorado (...)".
Artur Baptista da Silva mantém que é colaborador voluntário da ONU e que pretende instalar um Observatório Independente
Artur Baptista da Silva

Artur Baptista da Silva defende-se
D.R.

27/12/2012 | 11:47 | Dinheiro Vivo

"Artur Baptista da Silva, que se apresentou como consultor da ONU, defende-se numa nota enviada à Lusa, garantindo que é apenas "colaborador voluntário" e que "apesar dos factos ocorridos" continua a pretender instalar um Observatório Independente.
Numa longa nota enviada à Agência Lusa após uma troca de mensagens em que sempre recusou dar entrevistas, porque não quer "protagonismos", Artur Baptista da Silva queixa-se das acusações de que está a ser alvo, da devassa da sua vida privada, explica a sua ligação à ONU e dedica a maior parte do seu comunicado com a argumentação utilizada nas várias intervenções públicas e entrevistas que convenceram muita gente.
"O fundamental de toda a mensagem, o seu conteúdo de análise, diagnóstico e propostas alternativas passou a ser despiciendo e invariavelmente ignorado", lamenta o homem que está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República.
Na sua nota, Baptista da Silva começa por mostrar desagrado com os "ataques" da comunicação social de que se diz alvo, aludindo a um "regresso à antiguidade clássica" em que "quando a mensagem não agrada aos poderes instituídos legítimos e/ou ilegítimos, assassina-se o mensageiro".
Afirma Baptista da Silva que "tal como o poder político, também alguma comunicação social é muito forte com os que lhe parecem ser fracos e cobardemente fraca com os fortes cujos poderes a manietam".
E exemplifica: "Chamar-me burlão têm sido fácil! Mas nunca, até agora, os vi chamar burlões aos 50 maiores devedores do BPN que, esses sim, burlaram o Estado Português, num montante equivalente a 1% do PIB, nem aos que transferem capitais, limpos e sujos, para paraísos fiscais, delapidando os interesses do Estado fugindo ao pagamento dos impostos e que paulatinamente, e no silêncio cúmplice da mesma comunicação social, aproveitam as janelas de oportunidade concedidas periódica e discriminatoriamente, pelos diversos governos que lhes perdoam o crime fiscal em troca do pagamento de uma taxa de 7,5%, ou seja, um terço da dos cidadãos sérios que aplicam as suas poupanças em Portugal e pagam 22,5%. A isto chama-se cumplicidade silenciosa do benefício não ao infrator mas ao criminoso",
27/12/2012 | 11:47 | Dinheiro Vivo

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Imunidades, Isenções e outros "privilégios reais"

Imunidades, Isenções e outros "privilégios reais"

Dizem os livros de história que "a revolução liberal [1820!] pôs fim à sociedade das ordens...". Estórias!

....

Austeridade e privilégios, no Jornal de Notícias. Excertos:

«[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e pasme-se no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.

O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respetivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho.

Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais

O artigo na íntegra:

"Logo após surgir na Comunicação Social a informação de que as escutas de conversas telefónicas entre o primeiro-ministro e um banqueiro suspeito de envolvimento em graves crimes económicos tinham sido remetidas pelo Ministério Público ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça para validação processual a ministra da Justiça entrou em cena com a subtileza que lhe é peculiar. Primeiro declarou que era preciso mexer na legislação sobre o segredo de justiça (quando as vítimas das violações do segredo de justiça eram outras ela dizia que a impunidade acabou) e logo de seguida "solicitou" à Procuradoria-Geral da República que viesse ilibar publicamente o primeiro-ministro e líder do seu partido, o que a PGR prontamente fez garantindo não existir contra ele «quaisquer suspeitas da prática de ilícitos de natureza criminal».


Sublinhe-se que, nos termos da lei (artigo 87, n.0º 13 do CPP), "a prestação de esclarecimentos públicos pela autoridade judiciária" em processos cobertos pelo segredo de justiça só pode ocorrer a "pedido de pessoas publicamente postas em causa" ou então para "garantir a segurança de pessoas e bens ou a tranquilidade pública". Uma vez que nenhum dos escutados (PM e banqueiro) solicitou tais esclarecimentos, os mesmos só podem ter sido "solicitados" e prestados com o nobre intuito de garantir a "segurança" e a "tranquilidade" de todos nós. Mas a PGR foi mais longe e informou que também "foi instaurado o competente inquérito, tendo em vista a investigação do crime de violação de segredo de justiça". Não há como ser zeloso!...
Num segundo momento, a ministra da Justiça (que não chegou a vice--presidente do PSD pela cor dos olhos ou dos cabelos) tratou, no maior sigilo, de tomar outras medidas mais eficazes, prometendo aos magistrados que continuarão a usufruir do privilégio de poderem viajar gratuitamente nos transportes públicos, incluindo na primeira classe dos comboios Alfa. Para isso garantiu-lhes (sempre no maior segredo) que o Governo iria retirar da Lei do Orçamento a norma que punha fim a esse privilégio. O facto de o Orçamento já estar na Assembleia da República não constitui óbice, pois, para a ministra, a função do Parlamento é apenas a de acatar, submisso, as pretensões dos membros do Governo, incluindo os acordos estabelecidos à sorrelfa com castas de privilegiados.
Mas, mais escandaloso do que esse sigiloso acordo político-judicial é a manutenção para todos os magistrados de um estatuto de jubilação que faz com que, mesmo depois de aposentados, mantenham até morrer direitos e regalias próprios de quem está a trabalhar. E ainda mais vergonhoso do que tudo isso é a continuidade de privilégios remuneratórios absolutamente inconcebíveis num regime democrático, sobretudo em períodos de crise e de austeridade como o actual.
O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e - pasme-se - no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar- -se nem fazer a sua higiene pessoal.
O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respectivos tribunais, ou seja, ao seus locais de trabalho.
Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais."

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O sonho de Pedro Passos Pan

Reenvios do AT
por
«"Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres. Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos. Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social. O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim. O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sust entável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres. Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portarmo-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."»
José Vítor Malheiros
(no Público )
Reenvios do AT
...Porque tem que se repetir a história em cada passagem de século???


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Portal Académico da UM

O Expressivo "Portal Académico da Universidade do Minho"

Se uma imagem vale mil palavras, esta valerá o quê, mil palavrões?...

O Cínico

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Jonet, por qué no te callas y te vás???

Almanaque da Mediocridade

Nos anos 70 uma psicossocióloga e ensaísta francesa referia assim as Hospedeiras de Bordo: "...esse modelo bizarro de empregada doméstica com a cabeça no ar", reunindo nesta crítica o todo de tarefas, indumentária e maneirismos afectados assente numa base cultural de pacotilha.

Hoje seria imperdoável classificar assim as hospedeiras (ou comissárias) de bordo e comparar-lhes este personagem seria ofendê-las gratuitamente. Mas poderemos, contudo, compará-la às (ou incluí-la nas) dos anos 70/80 e perguntarmo-nos como fez para chegar até aqui em tão bom estado...



Não podendo negar a cultura de pacotilha da personagem (só falta que trate marido e filhos por você)  ainda assim e face ao que pertinentemente lhe dizem e chamam no "Arrastão", o que aqui digo e faço são mimos.

O Cínico





quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Favores Políticos e outras teatralidades

Diário da Mediocridade
Cá se fazem, cá se pagam. Certos favores (e apoios) políticos, digo. E o mais curioso é que hoje como há cem e há duzentos anos (para trás do "velho regime" nem vale a pena falar), os "favores" particulares são pagos com o que é público.


Estive para comentar a imagem apenas com a legenda que merece:   O Azeiteiro e o Canastrão...
Mas um mal-dicente, é um mal-dicente, por um lado e por outro, morde-me a curiosidade de saber se ao outro canastrão* dos palcos (na ciscunstância, canastroa ou canastrona) o mesmo "favor" foi já pago ou se ainda vai ser, se eu é que ando distraído e não soube, se anda distraído quem faz o ponto ao Cavaco e não lhe lembrou. Mas o mais certo é já ter recebido também a sua condecoração...
Da mesma maneira que o outro dizia que "não é vitela uma vaca velha só porque morre virgem" (e não há segundos sentidos, referia-se mesmo à espécie vacum), não se é bom actor porque se dura muitos anos e porque faleceram precocemente pares seus que - pordoem a incorrecção - o superavam, como Rogério Paulo ou Curado Ribeiro, por exemplo. Na minha - pouco avisada, confesso - opinião, o Sr. RC nunca foi um exrtaordinário actor, é excessivamente mono (tónico ou córdico) e melo (dramático), assim como o não é a Sra Eunice que nunca deixa de ser ela própria, seja qual for o papel, ao ponto de não ser ela que encarna o personagem, pelo contrário, acrescenta-se a si própria como personagem do "drama", à revelia do autor.
Mas não sendo RC o grande actor que (também com muitas ajudas destas!) presume ser, a verdade é que Cavaco, que anda igualmente pelos palcos desde que perdeu o medo ao pai Salazar, é um actor medíocre, inverosímil, caricatural. Porque tem a chave do cofre das medalhas, aproveita estas oportunidades para prosseguir o narcisismo desesperado com que tem esculpido a sua personalidade de esferovite (com Cavaco nunca se tratou do País, do Povo Português ou de Designios Nacionais; tudo o que respeita a Cavaco tem que ver com o próprio e estrito Cavaco, com a Maria, com a Vila Mariani, e com o tal desespero desta espécie de rapariga dos fósforos de Boliqueimede para saturar as suas feridas narcísicas, Cavaco, diz, Cavaco cala, Cavaco ensaliva, Cavaco condecora). Mas ou falta auto-estima ou lucidez ao RC para aceitar a medalha deste actor de novelas  de cordel. Esperava dele a sapiência e segurança de um avô e a lucidez suficiente para responder a Cavaco que não pá, medalhas e condecorações vindas de ti, não as quero, era o que me faltava, ainda não invertemos os papeis, o mundo ainda não está às avessas; se alguém aqui está em condições de condecorar, seria eu e a ti, mas faltam-me bons motivos para isso.

Por fim, e porque não há "reinado" sem coroa e coroa sem jóia, esta será a jóia da coroa desta condecoração: Actor Ruy de Carvalho dedica condecoração a todos os portugueses ...

Não me vou perder em considerações sobre ser-se visceralmente democrático, ser-se um democrata desde o sistema linfático, ou ser democrata por consequência, por mimetismo, ou boleia ou cabulice. Mas não resisto a dizer ao concidadão Rui de Carvalho o seguinte:

- Que o Senhor dedique a medalha a todos os actores e pessoas do teatro vivas ou finadas, encantado. Que o Senhor a dedique a todos os que vão ao teatro, gostam do teatro, mantêm o teatro vivo, encantado. Mas p.f. não cometa o erro de a pretender dedicar a todos os portugueses:  Senhor Rui de Cravalho, o ente TODOS OS PORTUGUESES (O Povo Português) é que - a gosto ou a contra-gosto - lhe dedicou a medalha a si!

... Ou a sua mundovisão é tão feudal e medievalista que acha que o seu suserano lhe fez uma concessão, graça essa que agora V/Sa., generosamente, dedica aos demais súbditos?... E que este facto virá a constar, para sua honra e gáudio dos seus herdeiros, do "Livro das Mercês de Cavaco I, O Condecorador"?...

Que quem em nome do Povo lhe decidiu atribuir a condecoração tem não só as prioridades trocadas como tudo fora do sítio, eu já sei há décadas, ainda ele era um secretário-de-estado tão estreito quanto a sua estreita gravata. Já V/Excia, que podia ser meu pai... isto é tudo o que emocionalmente e racionalmente sabe sobre o que é a democracia???

O Cínico

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

CAVACO PR ou o (NEO) CORPORATIVISMO DOS MEDROSOS

CAVACO PR ou o (NEO) CORPORATIVISMO DOS MERD...perdão, MEDROSOS:

A forma como este "presidente" consentiu as comemorações do dia da República envergonharia a Júlio César ou a qualquer um dos senadores da Roma antiga. Um homem inculto, ignorante, mesquinho, "insincero", medroso, cobarde, medíocremente formado, narcisista, ideossincrático e megalómano, refugia-se intra-muros com o seu (neo)corporativismo de sobrevivência política e fazendo desta a sua máxima consular: O Exército (ou as polícias, fardadas ou à paisana) pode passar o Rubicão; O Povo é que não!



Bufelha Saracutrimbelha

  Caspar, Peter Pan e a Belha Adormecida:


Era uma belha bufelha, relha, saracutrimbelha, casada c’um belho, relho, bufelho, saracutelho, cutrimbelho.
Vai diz a belha bufelha, relha, saracutrimbelha: - Olha lá oh belho, relho, bufelho, saracutelho, cutrimbelho,

Vamos à caça do fassa, cutrimbaça, d’um COELHO belho, relho, cutrimbelho?...

O Cínico



domingo, 30 de setembro de 2012

Laranja Mecânica

 Com o maior sentido de respeito pelos doentes de paramiloidose ou pelos outros padecimentos aqui referidos, imagine-se que o governo era formado exclusivamente por pessoas com esta patologia. Ou então, exclusivamente formado por amblíopes. Ou por manetas, por exemplo. Seria de um gosto mórbido e levar-nos-ia até a temer uma espécie de conspiração pérfida ou malévola...
Então porque temos que aturar esta plêiade governativa cuja grande parte dos membros revela sintomas que poderão andar entre um Transtorno de Personalidade Dissocial e o Síndrome de Tourette???
- Um primeiro-ministro que chama piegas aos cidadãos (e à cidadania);
- Um ministro que apesar de não ter feito outra carreira senão a de profissional da política, acusa os portugueses de serem calões ("há mais cigarras que formigas");
- Um conselheiro do governo que classifica os empresários de ignorantes e que os chumba no primeiro ano da sua universidade;
- Um Ministro (ou "equivalente") que manda os jovens emigrar (melhor fora que os mandasse francamente à m...).
Onde andará o Lobo Antunes das neurociências - psd/mandatário e tudo - e porque não cria um gabinete-sombra para tratar esta gente toda?...
O Ardina

sábado, 29 de setembro de 2012

EPISCÓPIOS ("projectores de opacos")

Os arautos da transparência, têm como exemplo disso mesmo, transparência ?


Texto atrib a Domingos Ferreira
Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa

"O adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, veio agora a saber-se, tem 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação. Como sócios, teve os senhores Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button, a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.Como 


clientes, tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros, entre outros.
Nada obsceno, para quem é adjunto de Pedro Passos Coelho!
E não é que Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher?! (disse-o ele à Sábado).
Não esquecer ainda que Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.

Também António Borges é outro ex-dirigente do Goldman, e que está agora a orientar(!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.

Adoráveis, estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.

Lamentavelmente, à política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que já todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos.

Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc., apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores.

Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).

Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras.

Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.

No que toca a canibalização económica de um país, a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo, impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.

Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão, não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.

A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações.

Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc., fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros.

Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, têm fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias."

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Políticos de Bataclan *

* ou como diz Medina Carreira, "casas de mulheres de má-vida"
Rubrica: ALMANAQUE DA MEDIOCRIDADE


(ou como a uma "barata tonta" se junta rapidamente um "zangão castrado")
"O laborioso currículo profissional da "formiga" Miguel Macedo

Vejam o currículo profissional do ministro que disse que em Portugal há cigarras a mais e formigas a menos:

· Deputado nas V, VI, VII, VIII, X e XI Legislaturas

· Secretário de Estado da Juventude (1990-1991);

· Vereador da Câmara Municipal de Braga (1993-1997);

· Secretário de Estado da Justiça nos XV e XVI Governos Constitucionais (2002-2005);

· Secretário-Geral do PSD (2005-2007);

· Membro da Assembleia Municipal de Braga

· Líder Parlamentar do PSD (2010-2011);

Como diz o povo, este senhor "nunca fez nada na puta da vida" a não ser encostar o cu às cadeiras do OE. E é um artista destes que sugere que o povo português é formado maioritariamente por gandulos e preguiçosos?

...Bem, o rapaz, como convém aos deputados, ainda é sócio de um escritório de advogados e de uma consultora.

Esta formiguinha exemplar foi afinal a cigarra que em tempos declarou ao Tribunal Constitucional que tinha uma casa em Lisboa, onde vivia, mas para sacar aos portugueses um subsídio de residência, declarou que morava em Braga..."
compil e-mails circulados


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Almeida Bruno, O General "Japardise"

ALMANAQUE DA MEDIOCRIDADE           

    Protagonista d'a ejeculação precoce de 15 de março de 74 (também conhecida por "Intentona das Caldas" e "Golpe das Caldas"), não nasceu para ficar na história, nasceu para ficar em estorias e estorietas de caserna. Ou de casernas, dentro ou fora dos aquartelamentos. Lambe-botas spinolista (mais um), chegou a general não sei com que feitos e com que literacia (mesmo se só a militar) e com a linguagem carregada de calão, jargão e ligeirezas que usa um estivador (apenas) no trabalho ou um primeiro-sargento (apenas) na instrução; e desde 74 até hoje terá cumprido fielmente o papel que que lhe "caricatura" ou ilustra (e lhe consagra) aquele interessante documentário "o dia da Liberdade": javarda! Exerce os seus consulados a javardar. Com uma altivez patológica, e sem a menor noção do que é ou do que vale, o Sr. General abre a boca e japardisa...

O Cínico

sábado, 15 de setembro de 2012

Será o capitalismo que se inspira no jogo do "monopólio" e não o contrário?...

O capital financeiro não deveria ser objecto de negócio mas na realidade não é assim. 

Sempre que pedimos empréstimos, o Banco cria mais dinheiro, não nos empresta o dinheiro que já tem de outros depósitos mas literalmente cria dinheiro com a promessa do indivíduo que pede o crédito em pagá-lo; através de juros. Ou seja, sem dívida não existe dinheiro. ( "That is what our money system is. If there were no debts in our money system, there wouldn't be any money)."


-Marriner S. Eccles, Charman and Governor of the FEDERAL RESERVE BANK)


A nossa economia depende de crédito constante e se a quantidade de empréstimos reduzir acontece o que sucedeu em 1929, o que demonstra que vivemos num sistema económico completamente absurdo e imperfeito! Partindo deste facto, o "capital" só serve para ser transaccionado, de forma a representar mais-valia e lucro. A questão aqui premente é que não podemos continuar a viver com este tipo de sistema económico que explora o trabalhador e enriquece os líderes que "representam" (supostamente) a riqueza que nós produzimos. Na verdade, o que o ser humano necessita são recursos que de ser geridos "mesmo que existem apenas duas pessoas e daí a necessidade de economia". Porque a economia nasceu da necessidade de gerir recursos e não de gerir capital. O que realmente precisamos é de abundância de recursos e não de vivermos num sistema que premeia a escassez e daí acreditar numa altenativa a este sistema corrupto sem necessidade sequer de dinheiro! Se tivermos à disposição tudo o que precisamos não haverá propósito na existência de dinheiro, já que supostamente só o usamos para trocar por algo que nos é essencial. Se já existir de antemão, não precisamos de trocar nada para o obter, não havendo necessidade de trabalhos forçados entre outras obrigações.

COMO ADENDA (i.e., sobre a mesma matéria e noutra linha de pensamento),
O que se pretende é a compreensão de que as necessidades são diferentes dos desejos, sejam as primeiras intrínsecas ao ser (comida nutritiva, água potável, ar puro, interconectividade social e cultural, afecção, amor, habitação, cuidados médicos, educação e segurança) e as segundas acrescentos ao ser (meios rápidos de transportes, produção, distribuição e segurança energética, coesão social, etc. Por isso, e nesta era de abundância tecnológica e de know-how, o que se pretende  é a quebra das tradições monetárias, religiosas e sociais que nos prendem a modelos milenares obsoletos. "O acesso a recursos, à partilha de conhecimentos e à cooperação serão o próximo passo de uma verdadeira civilização porque este sim é o momento mais crítico do ser humano, o da transição para uma civilização estado 1"  (Michio Kako).

por
F.co / Rita Vlinder



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A grande Invasão de Misters e Misses Hydes...

Nuns dias temos a sensação de que metade da população (ou mais) anda no psiquiatra e preocupamo-nos solidariamente. Mas noutros temos a séria impressão de que ainda nem lá anda (e devia andar) e ficamos transidos de medo:


"Proposta de Beatriz Pereira da Universidade do Minho defende que câmaras municipais deviam dar uma bicicleta a cada aluno do 1º ao 9º ano de escolaridade em vez de financiar o seu passe escolar. Leia e ouça também declarações da docente".
                                                  www.expresso.pt com UMinho - 14:39 Quarta feira, 5 de setembro de 2012

Seria a profecia de Edwin A. Abbott realizada, uns quantos milhares de triângulos de cartolinha deslocando-se sobre círculos num cenário da Flatland...


E pensar que houve - e ainda haverá, porventura - quem tivesse medo aos marcianos de Marte: Os marcianos e marcianas de cá são mais ameaçadores. Não são alienígenas, mas são. Digo eu. Ou então, Marte é já'qui. No meu caso concreto, tenho-o a menos de um quilómetro.

Esta emérita investigadora e catedrática, defende que a) numa cidade, num concelho, num distrito, numa província (o Minho!) cheia, cheio, cheios/as de colinas, de ravinas, de subidas íngremes, sem condições objectivas para um ciclismo urbano e, pior ainda, sem sequer um mínimo de cultura cívica para tal fim, b) numa cidade, num concelho, num distrito, numa província (o Minho!) que tem o maior índice de pluviosidade e precipitação do país, "os alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade", isto é, crianças (às quais chama jovens) dos seis aos 15 anos, podem/devem ir de bicicleta para a escola!!!

De verão e inverno. Perdão, de outono, inverno e primavera; no verão não costuma haver aulas, salvo as universidades de verão que devem ser aquelas onde esta investigadora investiga, além de que são ainda aquelas onde o Doutor Relvas...também não vai!

Mas mesmo que não fossem as crianças. Mesmo que fossem apenas os adolescentes, i.e., os estudantes entre o 9º e o 12º ano. Será que a académica (que pelos vistos não sabe o que é a chuva) já investigou a morfologia quer do espaço urbano, quer do concelho?... 
Reuniu nas suas investigações um grupo de adolescentes de Gondizalves e Semelhe e experimentou ir e vir da escola de Maximinos de bicicleta, fazendo o mesmo depois em Moure, São Paio de Pousada, Navarra e Adaúfe, Tenões, São Pedro e São Mamede de Este e ainda em Aveleda, Vilaça e Celeirós?...

Eu sei que houve alguém que há um par de milénios prometeu aos idiotas que deles seria o reino dos céus. Mas não prometeu que também o da Terra, da investigação e da universidade.

Esta gente é doida, é cara e é perigosa!
É doida e o que diz e faz demonstra-o à saciedade. É cara porque estas investigações custam dinheiro E é perigosa porque tem tribuna, tem espaço de pregação pública e às vezes até tem poder - nem que seja o de persuasão - para implementar os seus dislates e desmandos.

Seguramente que a Investigadora da UM/IEC sabe onde se situa o Clib de Gualtar. Ora faça lá o favor de convencer os papás dos alunos do Clib (a maioria mora nos Hillside de Tenões e Lamaçães) a mandarem os meninos de bike para o colégio.

***

Little Boxes - Versão original ( Malvina Reynolds)
"Little boxes on the hillside / Little boxes made of ticky tacky / Little boxes on the hillside / Little boxes all the same, 
There's a pink one and a green one / And a blue one and a yellow one / And they're all made out of ticky tacky
And they all look just the same. 

And the people in the houses / All went to the university / Where they were put in boxes / And they came out all the same
And there's doctors and lawyers / And business executives / And they're all made out of ticky tacky

And they all look just the same. 
[ Lyrics from: http://www.lyricsmode.com/lyrics/m/malvina_reynolds/little_boxes.html ]
And they all play on the golf course / And drink their martinis dry / And they all have pretty children / And the children go to school, 
And the children go to summer camp / And then to the university / Where they are put in boxes 

And they come out all the same. 

And the boys go into business / And marry and raise a family / In boxes made of ticky tacky / And they all look just the same, 
There's a pink one and a green one / And a blue one and a yellow one / And they're all made out of ticky tacky

And they all look just the same"
***
Las Casitas del Bárrio Alto - Trad. e adap do original pelo mologrado Victor Jara no fim dos anos 60:
"Las casitas del barrio alto / con rejas y antejardín / una preciosa entrada de autos / esperando un Peugeot. 

Hay rosadas, verdecitas / blanquitas y celestitas / las casitas del barrio alto / todas hechas con recipol. 

Y las gentes de las casitas / se sonríen y se visitan / Van juntitos al supermarket / y todos tienen un televisor. 

Hay dentistas, comerciantes / latifundistas y traficantes / abogados y rentistas / y todos visten polycron. (y todos triunfan con prolén) 

Juegan bridge, toman martini-dry / y los niños son rubiecitos / y con otros rubiecitos / van juntitos al colegio high. 

Y el hijito de su papi / luego va a la universidad / comenzando su problemática / y la intríngulis social. 
Fuma pitillos en Austin mini / juega con bombas y con política / asesina generales / y es un gángster de la sedición"
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Hay personas, ideas, cosas, areas, que si, otras más o menos y otras...ni siquiera.
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O Cínico