segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O Repúblico

Viv'ó Repúblico

Digam(me) o que quiserem, justifiquem(no e se) como quiserem, mas "isto" - abaixo - ainda é o que representa o que hoje se  celebra e completa 105 anos. 


À vista desta (de resto, muito idêntica às demais) representação da "República",  não sei que semiologia é esta, mas talvez saiba que "simiologia" é esta.

Nesta altura, as 'esposas' e as filhas destes republicanos onde estavam, estariam elas ainda - e também - no 'Gineceu'?...

É curioso como uma cultura milenarmente misógina recorra tão repetidamente a figuras femininas estáticas (as representações "Marianas") e quase despidas (a 'Justiça', a República', etc.) mas com este elemento comum: não é - nem pode ser - a mulher deles!

E por isso mesmo, ao cabo de 105 anos destas 'celebrações', em favor da igualdade de género e também de 'oportunidades', exorto todas as mulheres a elegerem um 'striper' como o seu 'Repúblico' e poderem ser, em idêntica 'unidade semiológica', REPUBLICANAS.

O cínico

Pela Restituição do Roubo Antropológico da "Caixa de Previdência" dos Trabalhadores do Sector Privado

Pela Restituição do Roubo Antropológico da "Caixa de Previdência" i.e., do sistema/regime de Previdência dos Trabalhadores do Sector Privado

Meter num só e o mesmo saco a Caixa de Previdência do sector privado,. e o vasto – e necessário – escopo de prestações sociais da Segurança Social, além de constituir um roubo antropológico que deve ser reposto, é o segundo passo dessa sujeição à submissão do terceiro estado (): 

Onze, ou doze, ou treze grupos minoritários de trabalhadores, mantêm os seus - e outros tantos - subsistemas de previdência. E depois, a classe maior e mais vasta de trabalhadores, os do sector privado, dependentes (TCO) ou Independentes (TI), estão agrupados na grossa coluna de beneficiários das prestações sociais do estado, para os confundir, massificar e para lhes retirar legitimidade e poder reivindicativo.

Queremos (man)ter o nosso Sistema  de Previdência, primeiro, de acordo com raiz/origem e tradição da Previdência – as Associações de Socorros Mútuos do Sec. XIX - e em paridade com os cerca de 12 subsistemas de Previdência

A Segurança Social – absolutamente necessária - é outra coisa e não tem porque continuar a confundir-se com a Previdência dos Trabalhadores do sector privado e a perpetuar o referido roubo antropológico perpetrado e prosseguido em democracia, atrevimento que nem o referido salazar ousou.

A Caixa de Previdência dos Trabalhadores deve ter a sua especialização contributiva e económico-financeira e 0o seu orçamento, e estão no seu escopo A Assistência na Doença (os ITT), as reformas ou aposentações e o subsídio de Desemprego.

Tudo o mais, todas as demais prestações pecuniárias do Estado (prestações sociais) são de outra natureza e devem ser suportadas, sim, por esse organismo, a A Segurança Social. E essas prestações devem ser suportadas pelos impostos, mesmo que tal implique uma revisão ou reforma das cargas e padrões fiscais e contributivos.

O que se não pode tolerar é que um trabalhador em situação involuntária de desemprego - e que requer o Subsídio de Desemprego - um trabalhador que está com baixa médica e requer o subsídio de doença ou um trabalhador que procura obter a reforma por idade/carreira contributiva ou invalidez, estejam na mesma fila de espera dos abonos de família, dos complementos de reforma, do subsídio social de desemprego, do rendimento social de inserção e que - e ainda por cima - todos estes estejam atrás dos verdadeiros beneficiários das contribuições, o Sector Social - privado - e especialmente, IPSS laicas e - mormente - católicas, Fundações de tesos e e outros históricos e permanentes comedores de dinheiro.

À Previdência o que é da Previdência e,  sem perder de vista ou deixar de atender à coesão social, Igualdade e Dignidade. ao apoio (Seguranças) Social o que é da Segurança Social.

Já por razões de natureza e especialização, já por razões de maior rigor financeiro, maior transparência e menos - muito menos - e menor corrupção, a montante, no interior e a jusante:

- as cunhas, vários membros da mesma família e segunda e terceira geração familiar empregados num mesmo organismo, num mesmo edifício e até num mesmo núcleo ou departamento - nem nas sociedades de mercê absolutistas depostas com a constituição de 1822 - quando se propala e procura fazer acreditar que só se entra por concurso público liso e transparente, segunda e terceira geração no mesmo organicismo, no mesmo edifício e até no mesmo núcleo ou departamento,

- Os desvios - desfalques - praticados internamente por funcionários independentemente do status hierárquico e relativamente aso quais fica a severa impressão de que houve ou há cumplicidade, nem que seja por desvelo ou consequência,

- Os desvios e fraudes recorrentes levados a cabo pelos e nos Grandes Beneficiários das Contribuições do Trabalho, as grandes contas do sector social, as tais IPPS, Misericórdias, Fundações e quejandos,

- etc.

Qualquer aprendiz de contabilidade sabe o que são especialização económicofinanceira e fiscal, centros de custos e de proveitos, custos e ou proveitos por natureza e funções, sabe fazer um mapa demonstrativo de origem e aplicação de fundos e se o aprendiz o sabe, o Contabilista sénior pratica-o, consolida-o. Por sua vez, o Economista sabe-o e ensina-o.

Então, quem legislou (para) isto e isto mantém assim, os tais advogados redactores de leis à peça que acumulam com a função de deputados parlamentares de que tantos falam, incluindo Paulo Morais?



domingo, 4 de outubro de 2015

Parabéns, dos que não ganharam sois os primeiros

Páf...ta!

Parabéns à coligação PPD/PSD+CDS/PP, de todos os que não ganharam, ficou em primeira. Que é o mesmo que dizer "parabéns à PAF, foi o/a mais votado/a dos que perderam".

Dizia um 'PSDista' desolado este serão que "mais valia o PSD ter concorrido sozinho, a soma com o CDS é negativa".

Realmente, quando 108 + 24 = 104 (ou 107, depois dos mandatos da emigração)!......
Ou 38,65% + 11,7% = ... 38,64.

Mas há alguém que ganhou, efetivamente. Ainda que não em substância, ganhou. O CDS/PP. Por mais fraca que seja a votação que obtenha quando se coliga, desde que esteja 'com' o mais votado, o CDS/pp pode dizer "GANHAMOS!". Sempre que se muda do taxi (ou da 'minivan') para o autocarro, o CDS pode dizer que ganha. O que terá acontecido ao CDS/PP duas (ou 3) vezes desde a constituição de 1976.

- Ganhamos!!!, ó Nuno Melo, ó Portas; GANHAMOS, Assunção...

O que me lembra a rábula do elefante que corre pela savana fora, junto aos seus pés corre também um pequeno roedor que a dada altura exclama "Oh Pedro, perdão, oh elefante, já viste a poeira que nós os dois conseguimos fazer?!..."

Que importa se é uma vitória de forma mas sem substância. não é, o que importa é que pela segunda (ou terceira) vez desde o 25 de Abril, podemos gritar que Ganhamos. Obrigado PSD por aceitar 'perder' para o CDS.

Quanto ao Pedro Passos, ainda fica para a história como
D. Pedro XIX, "o perdulário"...»

"Eles passarão, o Cavaco, passarôco"

Mais uma Cavacanada:

Estava eu em pacata reflexão pré-eleitoral (uma reflexão frugal, muito Mário Quintana, qualquer coisa como um banco de jardim e um cigarro), e vem o Cavaco desinquietar-me com mais uma daquelas questões que (só) ele inventa,
- "QUE NÃO HAVERÁ SOLUÇÕES GOVERNATIVAS À MARGEM DE S. BENTO". ...
Não sei se é charada, se é a 'adivinha do dia', mas não consego sequer perceber o que seria uma solução "à margem de S. Bento", ainda por cima vindo isto de um tipo que aquilo que realmente quer é sempre o absoluto contrário daquilo que (nos) diz querer.
Seriam umas quantas tendas armadas junto ao semáforo com o letreiro 'Governo de Portugal' (e a bandeira nacional invertida, se possível)?...
Não percebo!... E porque já chamei à conversa o Mário Quintana, apetece-me reescrever assim o seu 'Poeminha do Contra": 
                                          "Eles passarão; o Cavaco, passar...ôco"...


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Maria Luis da 'Fazenda'

"Linguagem popular vs linguagem erudita:

A Sra Ministra Maria Luis esclarece que não ordenou 'QUE', apenas se limitou a fazer notar 'QUE'; ela não 'mentiu' (linguagem popular), ela apenas 'densificou' (linguagem erudita)....


'QUE', no caso - e circunstância - as previsões / projeções a fazer "deveriam ser menos pessimistas". 
Não se podendo ignorar o que sobre a eticidade dos atos dizia o outro ("age de forma tal que a máxima da tua ação possa ser lei universal"), imaginemos o Ministro da Justiça a fazer notar ao STJ ou ao CSM que os 'litigantes de massa' (os monopólios) apelam a que 'as decisões judiciais sejam menos tendenciosas' (que não 'tendam tanto' a favor de quem tem razão). 
E o Ministro da Saúde a 'notar' junto da DG Saúde que as informações sobre morte precoce de idosos (por exemplo) deverão ser menos "fatalistas". 
E o dos transportes 'notaria' que o 'fumo' em torno do assunto da VW deveria ser mais 'dissipado'. 
E por aí adiante, até o Ministro da AI dizer aos jornalistas, por exemplo, "sim, é verdade que nós levamos o país a uma nova Patuleia[1], a nós se devem estes levantamentos e convulsões por toda a parte, mas vocês não precisam de acordar toda a gente com essas notícias, não é, há quem trabalhe de noite e precise de descansar..."

[1] -
Sim, eu sei que isso da Nova Patuleia é uma espécie de 'ficção regressiva' mas 'noto' que é precipitado diagnosticarem-me "Transtorno Delirante...

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

QUEM JULGARÁ A "CAVACADA"?...

"Absolutamente!                             

Aliás, foi um golpe corporativista - ou não fosse o P Passos um dilecto discípulo do salarazete de Boliqueime (...)"

Fotos da publicação de F. R. no 'grupo Apoio ao Doutor João Araujo, Advogado do Amigo Jose Socrates'





"A verdade:
A mim parece-me bastante claro. Quem quis a troika, foi quem chumbou o PEC4"
Marinho Osorio"


Isabel: Digam o que disserem essa é a verdade.

Maria: verdade verdadinha

Matias: Quem foi que derrubou o governo do PS, chumbando o PEC IV, tirando todas as possibilidades do governo se poder financiar!..
Marta: É só abutres.

Armandina: Quem derrubou o governor foi o coelho porque disse que estava pronto para desgovernar

Matias: Eles, PSD/CDS não querem assumir a desgraça em que colocaram o País e querem continuar mentindo descaradamente aos Portugueses negando tudo aquilo que fizeram ao povo!..
Armandina: Espero que o povo não, esteja esquecido das promessas do aldrabão, do coelho e companhia grandes aldrabes

Avelino: É verdade,já era tempo do PCP+BE,em vez de andarem a dizer blasfémias,pedirem perdão aos Portugueses,se o Governo é culpado de tudo que o povo sofre,eles também o são,foram eles que os lá puseram.

Alberto: Tudo correu desta forma...Agora só eu sou o culpado...Mas Outubro está a chegar com a boa nova

Goretti: Grande verdade

Arminda: o PS e PSD é que arruinaram o País e agora culpam outros, vergonha ???

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"Absolutamente!


Aliás, foi um golpe corporativista (ou não fosse o P Passos um dilecto discípulo do salarazete de Boliqueime): Como, de resto, a tal carta do Passos deixa bem à vista, este movimentou-se junto das "corporações", mormente a banqueira - e estas junto daquele, obviamente - para gerar um "movimento" que, também com a (já) típica participação de Cavaco (envolvido até ao pescoço mas a fazer de conta que não) viria depois, em bloco, esmagar um Primeiro-Ministro que acabaria por ver o seu próprio ministro das finanças a fazer coro com esse neo-corporativismo (há sempre um Conde Andeiro nestas coisas, chame-se ele Vasconcelos ou Teixeira dos Santos). 

Quando se sabe que nos 4 ou 5 países que, de alguma forma, estiveram sob resgate, Portugal foi aquele em que o apoio à banca exigiu mais volume (ou dinheiro) e tendo-se o Passos "aliado" a essa mesma banca ao pressionar para o resgate em 2011, torna-se óbvio a quem fazia o "frete" quer Passos, quer o PSD. 

Daí que se convoque Paulo Rangel para esta discussão: se o governo NÃO FOSSE PSD, teria havido uma investigação (ainda que meramente parlamentar) sobre essa golpada corporativista que "exigiu" o resgate e a 'troika'...


Por outro lado, esse investigação (meramente parlamentar que fosse), teria que recuar aos tempos em que Cavaco, o PR, não se coibia de condicionar a governação de Sócrates, criticando publicamente as medidas de austeridade e de contenção do seu governo, e inflamando grupos sócio-profissionais como o professorado, por exemplo, que desenvolveu no segundo governo de Sócrates e através das "novas tecnologias" a maior detracção e oposição "pessoalizada" jamais feita em Portugal contra um governante em particular. 

Atento o discurso hodierno de Cavaco, é legítimo perguntar o que o "movia" naquela época (e que, de resto, era o mesmo que o 'move' desde sempre).

Talvez a justiça não venha nunca a julgar a (plural e corporativa) "Cavacada" e o Povo - temo - também não. Mas a História não o(s) vai deixar impune(s)."

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ver tb:

sábado, 2 de maio de 2015

Responsáveis "não praticantes"

A intolerável recorrência dos lamentáveis acidentes que vitimam peregrinos e caminheiros

Crenças e credos confessionais à parte, é de cidadania e de cidadãos que se trata, e da sua segurança; ou da falta dela. Trata-se ainda e desde a raiz de Direitos Humanos.
 
Somos confrontados anual, repetida e quase sistematicamente com a notícia de graves atropelamentos de peregrinos e quase invariavelmente com múltiplas vítimas mortais. Hoje é notícia o infeliz acidente de Cernache e ao mesmo tempo recorda-se que só em Cernache já será a segunda ocorrência.
 
Mau grado a alegada laicidade do Estado, somo sum país social e culturalmente religioso ecuja matriz administrativa é tributária da administração e do cartório católicos. Aliás, mais que tributária, é decalcada daquela. Todas as freguesias em que se divide o país correspondem a paróquias que por o serem levam o nome de um santo ou de uma santa e quando não, o do "Divino Salvador".
 
Cada paróquia (ou pequeno grupo de paróquias) tem um pároco; cada freguesia (ou pequeno grupo de freguesias) tem um presidente da junta. Cada grande grupo de paróquias integra uma diocese com as suas hierarquias de poder e autonomia financeira; o mesmo acontece com "grandes grupos" de freguesias que integram um município, com hierarquias e orçamento autónomos.
 
Este blogger não precisa de ser crente - nem o será, eventualmente - para ficar chocado, amargurado e indignado com o que já se vai tornando uma constante sazonal idêntica à dos "incêndios do verão", a morte por acidente de peregrinos que circulam na margem das estradas.
 
Não se tolera que ao cabo de quase um século de peregrinações a Fátima, por exemplo, e depois do tantos registos de sinistralidade, párocos e presidentes de junta, envolvendo os responsáveis diocesanos e municipais, não se tenham coordenado para chamar a si, paróquia a paróquia, freguesia a freguesia, a construção de um trilho pedonal que acompanhando a rede viária, esteja desta separado o bastante para garantir segurança a quem por eles transita: sejam os crentes e peregrinos, sejam os caminhantes ou caminheiros laicos, isto é, um trilho pedonal seguro que serviria tanto as peregrinações e caminhadas locais como as longas ou distantes.
 
A cada paróquia/freguesia caberia a "construção" de 2 a 4 Km desse percurso e sabendo de antemão que a "mão de obra" seria recrutada em regime de voluntariado, não será difícil orçamentar o custo, em materiais, de cada quilómetro desse percurso pedonal a construir.
 
- Senhor pároco, Senhor Arcebispo, Senhores Presidentes de Câmara e Junta de Freguesia, não valerá uma só vida humana, seja esta do Vosso município ou diocese ou seja da vizinha, não valerá essa vida humana, insisto, ou tais 2 a 4 quilómetros de percurso pedonal seguro?...
 
Somos o país dos "católicos não praticantes", mas também dos "autarcas não praticantes", dos "clérigos não praticantes" dos "políticos não praticantes".
Mas o que nós somos, de facto, é o pais da "cidadania não praticante".
E que os nossos plurais (ir)responsáveis, são, em suma, é um bando de safados e hipócritas e até nessa qualidade... "não praticantes".


por "politicamente incorrecto"

O abcesso real e o Hino de Sua Magestade do Reino Unido

mais um inestimável contributo do AT:

"Um Hino Europeu, um hino à cultura

Quando Sua Majestade Luis XIV adoeceu.


      Parece que uma vez, ao sentar-se no seu coche, se tinha picado na ponta de uma pena da almofada do assento, a picada infectou e causou um pequeno abcesso no ânus que devia ter sido logo aberto e drenado.

Os médicos do rei, receosos de intervir nas bases da monarquia, optaram por um tratamento mais leve à base de unguentos. Este tratamento não deu qualquer resultado e ao fim de quatro meses o rei continuava com o abcesso e com dores insuportáveis.

Em meados de Maio os cirurgiões diagnosticaram uma fístula o que os deixou transtornadíssimos e finalmente o 1.º cirurgião, Félix de Tassy, decidiu-se por uma intervenção para abrir o abcesso. Para isso desenhou um instrumento especial, uma verdadeira peça de ourivesaria com lâmina de prata.
Mas foram precisos mais 5 meses para fabricar esse instrumento precioso. 

A operação só foi feita no dia 17 de Novembro, sem anestesia, e foram necessárias mais duas intervenções porque foi muito difícil fechar a ferida para que pudesse cicatrizar.
Só no Natal de 1686 os cirurgiões declararam o rei como curado o que pôs fim aos rumores que no estrangeiro já corriam de que Luis XIV agonizava. 

Como acção de graças foram rezadas muitas missas em todo o reino e as Senhoras da Maison Royale de Saint-Louis, em Saint Cyr (colégio interno feminino criado por Mme de Maintenon) decidiram compor um cântico para celebrar a cura do rei.

A superiora, Mme de Brino (sobrinha  de Mme de Maintenon), escreveu os seguintes versos:

Grand Dieu sauve le roi !

Longs jours à notre roi !

Vive le roi. A lui victoire,

Bonheur et gloire !

Qu'il ait un règne heureux

Et l'appui des cieux !

Os versos  foram entregues a Jean-Baptiste Lully para que este compusesse a música e as  meninas de Saint Cyr passaram a cantar este pequeno cântico sempre que o rei vinha visitar o colégio.

Anos mais tarde, em 1714, o compositor Georg Friedrich Haendel, de passagem por Versalhes, ouviu este cântico e achou-o tão belo que tomou nota da letra e da música. Mais tarde, já em Londres, Haendel pediu a um clérigo chamado Carrey para lhe traduzir os versos de Mme de Brinon. 

O padre traduziu-lhe de imediato a letra e escreveu estas palavras que iriam dar a volta ao Mundo:

God save our gracious King,

Long life our noble King,

God save the King!

Send him victorious

Happy and glorious

Long to reign over us,

God save the King !


Haendel agradeceu-lhe e dirigiu-se de imediato  à Corte onde ofereceu ao rei - como se fosse de sua autoria - o cântico das Meninas de Saint Cyr. 

George I, encantado, felicitou o compositor e determinou que daí em diante o "God save the King" devia ser sempre executado nas cerimónias oficiais.

E foi assim que este hino, que nos parece profundamente britânico, nasceu da colaboração:

- de uma francesa (Mme de Brinon),
-  de um italiano naturalizado francês (Jean-Baptiste Lully - ou Lulli) ,

- de um inglês (Carrey),

- de um alemão naturalizado inglês (Georg Friedrich Händel - ou Haendel).

- do ânus de Sua Majestade Luis XIV.

 De facto, um verdadeiro hino europeu!

Duas questões:


Se Louis XIV por acaso não tivesse enfiado uma pena no real traseiro, qual seria hoje o hino britânico?

Acham possível que a partir de hoje possam ouvir o "God save the Queen" sem pensar naquela pena?"
do AT em 2 de Maio 2015




segunda-feira, 30 de março de 2015

Cavaco, o Neo Evangelista

Os "Roteiros" de Cavaco Silva passarão a integrar a Bíblia, constituindo o que será o terceiro grande bloco bíblico, o "Neo-novo Testamento":
Um pio e fervoroso grupo de reconhecidos religiosos pátrios de sotaina, chapéu e sobretudo está a desenvolver as diligências próprias para que os "Roteiros" de Cavaco passem a integrar a Bíblia, e  depois de intensa discussão sobre o nome que deveria ser atribuído a este grupo de 'escrituras', se "O Neo-Míndrico", se "O Verborreuco", acabaria o conclave por optar por este último.
Com uma vida marcada pela austeridade, pela ascese, pelo celibato mental e pela militância oportuna, Cavaco aderiu pronta e ativamente aos "democratas novos" (ou neo-democratas) logo no "25 de Abril", aparecendo por isso retratado em algumas penúltimas e antepenúltimas ceias dos referidos "democratas novas" e tendo feito desde então, e pacientemente, o seu percurso, de acólito a diácono, de bispo auxiliar a bispo de bispos, até à sua elevação a neoprofeta e neoevangelizador.

Despojado - até de espírito - mísero [1] e messiânico - aliás, Cavaco é, desde a mitologia mesopotâmica, o primeiro 'messias' que, além de não ser cruxificado, vai morrer como nasceu, ancião - o seu religioso pontificado foi um verdadeiro Concílio do Neo:
 
- Neodemocrata oportuno, neoliberal precursor de neoliberais, foi ainda o criador da neossincresia XXI, quando integrou a Senhora de Fátima  - e  o Papa, por assistência remota - no Conselho de Estado e a ela submetendo o destino deste povo eleito que somos nós. Doseando sabiamente o seu tempo entre a pregação e o recolhimento de escriba, Cavaco vem lavrando, quer em homilias avulsas [2], quer em operosos volumes neorromânicos, os ensinamentos teológicos, os dogmas e as profecias que irão marcar este neomilénio e esta neoera.
...

[1] - Naqueles dias, respondeu assim Cavaco  à jornalista que lhe perguntou se não achou estranho o valor em 'bulas'  - também chamadas ações - que o seu condiscípulo Oliveira e Costa lhe deu a ganhar:

- "Eu era um mísero professor, minha Senhora"

 
 
E como podem constatar,  sequer preciso do meu discípulo Pedro para me negar três vezes.

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Resumo da estrutura da Bíblia Pós-Cavaco:

I - O 'Velho Testamento':

  - O Pentateuco (ou os Cinco lLvros de Moisés)
  - Os Livros Históricos (a história dos reinos, das guerras, etc.),
  - Os Livros Sapienciais ( a sabedoria dos hebreus),
  - Os Livros Proféticos (a preparação para a chegada do Messias)
 

II - O 'Novo Testamento'

  - Os Livros do Evangelho,
  - O Livro Histórico,
  - As Epístolas,
  - O Livros Profético
 

III - O 'Neonovo Testamento', segundo Cavaco:

 - O Verborreuco, ou Os Livros Históricos, Sapienciais e Proféticos, Volumes I a ?X dos Roteiros sincréticos de Cavaco,
- As Epístolas Discursivas de Cavaco, ou a narrativa disruptiva da definitiva e duradoura vitória do bem sobre o mal,
- e ainda uma ou outra monografia póstuma...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A "banalização do mal" episódio 349, temporada XXI, série XV

...
ou,
- a nova "cadeia alimentar" humana (neo-antropofagia), ou,
- para que serve nos dias de hoje a "coercividade legal", ou ainda,
-  A VERDADEIRA DIMENSÃO DO 'CONFISCO':

"Penhoras. Saiba como comprar os mais variados bens a preço de saldo"



um pobre diabo tem uma casita. Ou um apartamento. De valor modesto. Se não tem dinheiro para pagar o IMI, a casa "vai à praça". Para pagar o IMI !!!

Porque uma casa já não é uma 'habitação', é uma "receita fiscal". E durma na rua o/a desgraçado/a. Ou no alpendre da "repartição de finanças".
De permeio e como instrumento liquidatário, promove-se um verdadeiro canibalismo:

É a intolerável imoralidade de um ciclo (ou circo?) tributário alarve: a habitação é adquirida com dinheiro que foi sujeito a imposto sobre o rendimento; no valor do "imóvel" há 'IVA à taxa legal'; na aquisição é pago o IMT; se a casa é adquirida por empréstimo, paga imposto de selo ao longo da vida do empréstimo. E a coroar esta tribitação predatória, ainda paga 'imposto sobre patrimínio' (IMI).
Porque 'habitação' (imperativo constitucional), afinal é... 'património!!!

PS:
ou (e ainda) como brilhantemente sintetiza Henrique Fernandes,
"Está montado um clássico sistema piramidal: no topo da pirâmide, uma corja de ladrões, corruptos e gente sem o menor sentido de dignidade ou de justiça social, que mente todos os dias com todos os dentes que tem na cara. Na base, uma imensa multidão que, escravizada pelas leis e por um regime fiscal extorcionário, lhes suscenta a boa-vida e todo o tipo de loucuras. Ainda por cima, tudo isto é "democracia"! P#/@ que os pariu!"