domingo, 24 de abril de 2011

Referendo espontâneo, popular e democrático...para continuar Abril

Ponhamos fim ao sistema de Oligarquias Electivas que nos governa:

     - tome posição para resgatar a Liberdade, a Democracia a Cidadania e a Dignidade, valores que são pertença inalianável dos donos de Portugal, os Portugueses, o Povo Portugês!


                  -  -  - Por um referendo espontâneo (e democrático) que rescinda  este contrato e ponha fim ao poder das elites de Políticos Profissionais.
    
Retome a soberania que lhe pertence e ao fazê-lo devolva-a aos seus concidadãos, O Povo Soberano:




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Os fundamentos para esta Revolução Popular e Democrática:
(precedidos de dois pedidos de desculpas, o primeiro pela comparação prosaica e o segundo pela nota excessivamente professoral):



Comparemos um País a uma empresa; os donos dessa empresa são os homens e mulheres desse país, sejam menores ou maiores de idade, sejam jovens ou mais seniores;

A - Essa empresa tem os seus estatutos, os mesmos que a constituem - a sua Constituição - definem o seu espaço territorial, social e económico, definem os desígnios, a missão e os objectivos dessa empresa, definem as condições de vida e a distribuição da riqueza e dos benefícios dentro da empresa, bem como a soberania e a forma de a exercer. Ou seja, esses estatutos definem como se chama a Empresa, onde está e como é constituida, de quem é e para quem é, que fins ou desígnios prossegue, como, por quem, para quem, através de quem e ainda de que forma: Esses estautos constituintes são o CONTRATO;

B – E este mesmo contrato, depois de definir também as regras internas e externas da Empresa, define ainda como se elegem os seus gestores (ou gerentes), por quanto tempo, quais são as regras que esses gerentes devem atender e respeitar e define até como se demitem esses gerentes quando estão a gerir mal e a prejudicar a empresa.


C – A última grande alteração aos Estatutos desta Empresa chamada Portugal aconteceu há cerca de 40 anos, começou no famoso dia 25 de Abril de 1974, e ali por 1976 estava aprovada a Constituição (CRP) que continha várias garantias para a empresa e para os seus accionistas assim como vários princípios, dos quais se destacam:
 1 - Quanto às garantias, várias disposições em matéria de Direitos, Liberdade e Garantias e, muito particular e especialmente, os direitos à Liberdade, à Igualdade (sem distinção de género, credo ou raça), a uma Cidadania Digna, o direito ao Trabalho, à Saúde, à Habitação, à Justiça, etc.;

 2 - Quanto aos princípios, foi salvaguardado o princípio de que todos os accionistas (ou donos da empresa - os cidadãos) podem e devem ser gerentes na sua vez, classificando-se este princípio com uma palavra curiosa oriunda da Grécia Antiga, Democracia e, segundo a qual, cada Accionista, ou dono da empresa, ou cidadão, governa e é governado à vez.

 3 - Ficou ainda consagrado outro princípio importante, o da legalidade, ou do Primado da Lei, também referido como Estado de Direito. Graças a este princípio, ficou garantido que os gerentes não podem decidir o que lhes apetece e como lhes apetece, têm que obedecer à Lei e até as Leis ou regras que os Gerentes podem publicar têm que respeitar a Lei e servir apenas os fins do CONTRATO estando de acordo com a letra e com o espírito desse mesmo contrato, chamando-se a esta regra básica estatutária a da constitucionalidade ou conformidade constitucional;

 4 - Em resumo, ficaram protegidos nesse Contrato os direitos presentes e futuros da Empresa (também, chamada Estado), os direitos dos accionistas (ou dos donos da empresa), assim como os direitos mas também as responsabilidades dos Gerentes (representantes e Governo em geral) pelos seus actos de má gestão e as limitações dos seus mandatos. De facto, como é normal e esperado, quem gere deve fazê-lo para fazer crescer e melhorar a empresa, em benefício desta e dos seus donos, os accionistas), não podendo fazer o que lhe apetece nem de qualquer maneira, e muito menos podendo servir-se do cargo de gerência para seu estrito benefício ou dos seus, sob pena de ser punido com o despedimento e ainda “chamado à pedra” de acordo com as regras do Estatuto Constituinte e as Leis subsequentes e nos e pelos órgãos competentes da Empresa, mais concretamente, os Tribunais, que julgam e punem todos os actos em geral que prejudiquem a Empresa, os seus interesses e os seus fins, bem como os dos accionistas (ou cidadãos);

 5 - um Gerente fazer aprovar uma Lei no âmbito da Função Pública apenas para mudar o estatuto da sua própria mulher, ou mexer na Lei e baixar o valor da Sisa para ele ir permutando casas até chegar a uma melhor sem pagar o Imposto de Sisa - por exemplo - eram coisas impensáveis e inadmissíveis que dariam imediatamente demissão e Tribunal;

D – Assim começou a Empresa - recentemente reestruturada - a funcionar e a laborar, com os cidadãos que estavam dispostos a exercer a Gerência agrupando-se em Partidos Políticos, os demais accionistas a escolherem de 4 em 4 anos os seus representantes e gerentes e todos os accionistas em geral convencidos que iríamos trabalhar para o bem comum;

E - Ora o que aconteceu ao longo destes últimos (quase) 30 anos foi que os Gerentes que foram sendo eleitos, aproveitando-se da sua prerrogativa para alterar o contrato quer na forma quer na substância, e convertendo essas prerrogativas em privilégios e abusos,

1. Converteram os Grupos de Cidadãos Gerentes (Os partidos políticos) em Clubes de Gerentes Profissionais e o que agora temos de 4 em 4 anos são ruidosas e agitadas campanhas eleitorais (ou electivas) com muitos cartazes e muitas fotografias dos membros permanentes do Clubes de Gerentes Profissionais, estes a aparecerem nas televisões mas também em tudo quanto é feira, mercado ou rua e sempre a gritar "escolham-me a mim, elejam-nos nós, porque nós e que...", etc., etc.;

2. Quem entra e passa a fazer parte dos Clube de Gerentes Profissionais nunca mais fará outra coisa na sua vida senão carreira política; não precisa de ter – de facto – um modo de vida como accionista ou cidadão, é Gerente Político Profissional e já estará reformado (com uma ou várias reformas) antes dos 50 anos;

3. só entram para os Clubes de Gerentes Profissionais, irmãos, irmãs, filhos, filhas e até  pais e mães (!) de quem já é membro do Clube dos Gerentes Profissionais; quando – excepcionalmente – entra um estranho para o Clube dos Gerentes Profissionais trata-se de alguém que é filho/a de um muito amigo que fez/faz favores ao membro do Clube dos Gerentes Profissionais;

4. Para afastar ainda mais os accionistas, os cidadãos, dos Clubes dos Gerentes Profissionais, passaram a chamar-lhe elites políticas ou classe política, dando assim uma dupla machadada no Contrato que Constitui esta Empresa chamada República Portuguesa:

a) o contrato previa ou estabelecia uma sociedade sem classes;

b) o princípio da igualdade era impeditivo da criação de elites: se somos iguais, não somos diferenciados e muito menos por posições ou hierarquias sociais;

5. Entretanto, o princípio democrático (segundo o qual, são os accionistas, os Cidadãos, o Povo quem exerce a Gerência, à vez, foi também esmagado e suprimido e em sua substituição, ficamos com um sistema de Oligarquias Oligarcas electivos, i.e., os próprios Clubes dos Gerentes Profissionais e os seus membros;

6. Por má fé e desonestidade intelectual, os membros dos Clubes dos Gerentes Profissionais continuam a chamar à Empresa, ou à República, uma Democracia, procurando deliberadamente confundir – ou enganar – os accionistas, os cidadãos:
- como se o acto de ir de 4 em 4 anos votar e escolher qual é o Clube de Gerentes Profissionais que vai Gerir (representar e governar a Empresa) é que fosse a Democracia e o poder democrático,
        - mas o que isso é de facto é meramente um acto ou processo electivo: elege!
- Aliás, nos regimes não democráticos também se vota e também se elege (como foi o de Salazar, para não ir mais longe). Mas não é por isso que são Democráticos;

- Numa Demo (povo) cracia (poder), é o Povo que manda, integrando os tais grupos de membros de accionistas (Povo), que são – à vez!!! - candidatos a Gerentes, isso é a democracia;
- Quanto a este outro sistema, o dos Clubes de Gerentes Profissionais, a mesma Grécia antiga que deu luz à Democracia também o conhecia mas classificava-o como coisa diferente: oligarquia ou sistema de oligarcas;

7. em consequência desta acção de Gerencia abusiva, por um lado, os accionistas, os cidadãos, iam sendo afastados do seu legítimo poder, iam ficando dia a dia com menos direitos; porque os Gerentes Profissionais destruiram diligente e sistematicamente o modo de vida dos cidadãos, isto é, a indústria, as pescas, a agricultura, etc., foram ficando sem emprego, sem dividendos, sem recursos e sem património; como o dinheiro já era pouco para os membros do Clube de Gerentes Profissionais, foram também cortando aos accionistas na saúde, limitando-lhe (e taxando) a educação, impedindo-o do acesso à justiça através de um elaborado esquema de custas judiciais e estes, ao mesmo tempo, perdiam soberania, iam deixando de mandar e de representar fosse o que fosse na sua própria Empresa, i.e., na sua República, no seu País, tendo até já passado de accionistas (ou donos) a empregados ou servos e de serem policialmente espancados quando se atrevem a reclamar os direitos que lhes consagram os Estatutos;

8. Por seu turno, os Gerentes meramente contratados foram passando a patrões e donos exclusivos,  foram alterando as cláusulas do contrato a seu bel-prazer – até aquelas cláusulas que os responsabilizavam pelos seus maus actos de Gerência e pelos abusos de poder - foram aumentando os seus privilégios até ao abuso e à usurpação, criaram novos, muitos e muito mais caros lugares, cargos e privilégios, usaram em seu estrito, pessoal e particular benefício e das mais diversas formas a – parca – riqueza da Empresa e dos accionistas, i.e., do Estado e dos cidadãos, assim como foram dispondo de toda a sorte de recursos e equipamentos que pertencem aos accionistas com ostensivo e despudorado arbítrio;

9. e para manter nos accionistas, no Povo, essa ideia de inferioridade, de subalternos, de subjugados sem poder e com poucos direitos, a cada 10 de Junho o membro do Clube dos Gerentes Profissionais que está na presidência vem entregar medalhas, "ordens" e condecorações a outros Membros dos Clubes dos Gerentes Profissionais - ou a quem lhes lambe as botas - porque só eles contam, só eles são importantes, só eles merecem as medalhas e distinções que são pagas pelos accionistas. Estes sim, pagam e não contam, não são importantes e por isso nunca se entregam medalhas a um condutor de transportes públicos, ou a um carpinteiro, ou a uma emprtegada de escritório, ou a uma enfermeira. Ou até a um segundo sargento do exército: Não pertencem ao Clube dos Gerentes Profissionais... 

10. Por fim, com os cofres da empresa vazios e num estado de descalabro total e - sobretudo - quando afinal os recursos já nem chegam para continuar a manter os seus despendios e privilégios (e as medalhas), vários membros do Clube dos Gerentes Profissionais foram ao estrangeiro chamar uns quantos indivíduos euFMIsticamente chamados de especialistas - e que de facto são especializados na utilização de máquinas de calcular, sejam as ordinárias ou as financeiras - PARA VIREM SALVAR PORTUGAL; como se o problema fosse de mera aritmética ou de cálculo financeiro;

11. Não foram os accionistas - ou o Povo - quem malbaratou o muito dinheiro que agora falta na Empresa e a colocou na falência. Por isso, em vez de 4 economistas ou financeiros, dever-se-ia contratar 4.000 agentes de investigação que descobrissem o (dúbio) paradeiro dos recursos perdulária, irresponsável ou (porventura) criminosamente utilizados e deles resgatassem – onde quer que esteja – o dinheiro que ainda fosse possível;

F - Entretanto, à medida que os accionistas - i.e., o Povo - perdiam ao longo dos anos o poder efectivo na sua empresa e viam diminuídos direitos, dividendos e património, foram "desacreditando" desta perversa democracia e ficando indiferentes à eleição/nomeação dos (sempre os mesmos) Gerentes, assim se vindo a registar um nível crescente de Abstenção Electiva;
G - Esta atitude, contudo, não revelou qualquer consequência para os Clubes de Gerentes Profissionais. Sendo a sua única preocupação a vontade ou necessidade de sempre eleitos, qualquer quantidade de votos lhes aproveita,  ao ponto do (sempreterno e honorário) Presidente do Clube de Gerentes Profissionais B ter sido eleito PR por 2,3 em cada 10 eleitores (logo, ~1,8 em cada 10 accionistas!!!), não sendo muito diferente a quantidade de expressõs electivas que elegeram pela segunda vez o PM, ele próprio actual presidente Clube de Gerentes Profissionais C; as ausências electivas (ou abtenção) contam apenas para a estatística e a sociologia mas os Clubes do Gerentes Profissionais não saem dela prejudicados.

H - É a hora de fazermos a necessária revolução democrática e de registar o definitivo e vinculativo "pronunciamento popular e democrático"...

O Secretariado

domingo, 17 de abril de 2011

O "Clube dos Gerentes"

Oligarquias Electivas I 
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Comparemos um País a uma empresa; os donos dessa empresa são os homens e mulheres desse país, sejam menores ou maiores de idade, sejam jovens ou mais seniores;

A - Essa empresa tem os seus estatutos, os mesmos que a constituem - a sua Constituição - definem o seu espaço territorial, social e económico, definem os desígnios, a missão e os objectivos dessa empresa, definem as condições de vida e a distribuição da riqueza e dos benefícios dentro da empresa, bem como a soberania e a forma de a exercer. Ou seja, esses estatutos definem como se chama a Empresa, onde está e como é constituida, de quem é e para quem é, que fins ou desígnios prossegue, como, por quem, para quem, através de quem e ainda de que forma: Esses estautos constituintes são o CONTRATO;

B – E este mesmo contrato, depois de definir também as regras internas e externas da Empresa, define ainda como se elegem os seus gestores (ou gerentes), por quanto tempo, quais são as regras que esses gerentes devem atender e respeitar e define até como se demitem esses gerentes quando estão a gerir mal e a prejudicar a empresa.


C – A última grande alteração aos Estatutos desta Empresa chamada Portugal aconteceu há cerca de 40 anos, começou no famoso dia 25 de Abril de 1974, e ali por 1976 estava aprovada a Constituição (CRP) que continha várias garantias para a empresa e para os seus accionistas assim como vários princípios, dos quais se destacam:
 1 - Quanto às garantias, várias disposições em matéria de Direitos, Liberdade e Garantias e, muito particular e especialmente, os direitos à Liberdade, à Igualdade (sem distinção de género, credo ou raça), a uma Cidadania Digna, o direito ao Trabalho, à Saúde, à Habitação, à Justiça, etc.;

 2 - Quanto aos princípios, foi salvaguardado o princípio de que todos os accionistas (ou donos da empresa - os cidadãos) podem e devem ser gerentes na sua vez, classificando-se este princípio com uma palavra curiosa oriunda da Grécia Antiga, Democracia e, segundo a qual, cada Accionista, ou dono da empresa, ou cidadão, governa e é governado à vez.

 3 - Ficou ainda consagrado outro princípio importante, o da legalidade, ou do Primado da Lei, também referido como Estado de Direito. Graças a este princípio, ficou garantido que os gerentes não podem decidir o que lhes apetece e como lhes apetece, têm que obedecer à Lei e até as Leis ou regras que os Gerentes podem publicar têm que respeitar a Lei e servir apenas os fins do CONTRATO estando de acordo com a letra e com o espírito desse mesmo contrato, chamando-se a esta regra básica estatutária a da constitucionalidade ou conformidade constitucional;

 4 - Em resumo, ficaram protegidos nesse Contrato os direitos presentes e futuros da Empresa (também, chamada Estado), os direitos dos accionistas (ou dos donos da empresa), assim como os direitos mas também as responsabilidades dos Gerentes (representantes e Governo em geral) pelos seus actos de má gestão e as limitações dos seus mandatos. De facto, como é normal e esperado, quem gere deve fazê-lo para fazer crescer e melhorar a empresa, em benefício desta e dos seus donos, os accionistas), não podendo fazer o que lhe apetece nem de qualquer maneira, e muito menos podendo servir-se do cargo de gerência para seu estrito benefício ou dos seus, sob pena de ser punido com o despedimento e ainda “chamado à pedra” de acordo com as regras do Estatuto Constituinte e as Leis subsequentes e nos e pelos órgãos competentes da Empresa, mais concretamente, os Tribunais, que julgam e punem todos os actos em geral que prejudiquem a Empresa, os seus interesses e os seus fins, bem como os dos accionistas (ou cidadãos);

 5 - um Gerente fazer aprovar uma Lei no âmbito da Função Pública apenas para mudar o estatuto da sua própria mulher, ou mexer na Lei e baixar o valor da Sisa para ele ir permutando casas até chegar a uma melhor sem pagar o Imposto de Sisa - por exemplo - eram coisas impensáveis e inadmissíveis que dariam imediatamente demissão e Tribunal;

D – Assim começou a Empresa - recentemente reestruturada - a funcionar e a laborar, com os cidadãos que estavam dispostos a exercer a Gerência agrupando-se em Partidos Políticos, os demais accionistas a escolherem de 4 em 4 anos os seus representantes e gerentes e todos os accionistas em geral convencidos que iríamos trabalhar para o bem comum;

E - Ora o que aconteceu ao longo destes últimos (quase) 30 anos foi que os Gerentes que foram sendo eleitos, aproveitando-se da sua prerrogativa para alterar o contrato quer na forma quer na substância, e convertendo essas prerrogativas em privilégios e abusos,

1. Converteram os Grupos de Cidadãos Gerentes (Os partidos políticos) em Clubes de Gerentes Profissionais e o que agora temos de 4 em 4 anos são ruidosas e agitadas campanhas eleitorais (ou electivas) com muitos cartazes e muitas fotografias dos membros permanentes do Clubes de Gerentes Profissionais, estes a aparecerem nas televisões mas também em tudo quanto é feira, mercado ou rua e sempre a gritar "escolham-me a mim, elejam-nos nós, porque nós e que...", etc., etc.;

2. Quem entra e passa a fazer parte dos Clube de Gerentes Profissionais nunca mais fará outra coisa na sua vida senão carreira política; não precisa de ter – de facto – um modo de vida como accionista ou cidadão, é Gerente Político Profissional e já estará reformado (com uma ou várias reformas) antes dos 50 anos;

3. só entram para os Clubes de Gerentes Profissionais, irmãos, irmãs, filhos, filhas e até  pais e mães (!) de quem já é membro do Clube dos Gerentes Profissionais; quando – excepcionalmente – entra um estranho para o Clube dos Gerentes Profissionais trata-se de alguém que é filho/a de um muito amigo que fez/faz favores ao membro do Clube dos Gerentes Profissionais;

4. Para afastar ainda mais os accionistas, os cidadãos, dos Clubes dos Gerentes Profissionais, passaram a chamar-lhe elites políticas ou classe política, dando assim uma dupla machadada no Contrato que Constitui esta Empresa chamada República Portuguesa:

a) o contrato previa ou estabelecia uma sociedade sem classes;

b) o princípio da igualdade era impeditivo da criação de elites: se somos iguais, não somos diferenciados e muito menos por posições ou hierarquias sociais;

5. Entretanto, o princípio democrático (segundo o qual, são os accionistas, os Cidadãos, o Povo quem exerce a Gerência, à vez, foi também esmagado e suprimido e em sua substituição, ficamos com um sistema de Oligarquias Oligarcas electivos, i.e., os próprios Clubes dos Gerentes Profissionais e os seus membros;

6. Por má fé e desonestidade intelectual, os membros dos Clubes dos Gerentes Profissionais continuam a chamar à Empresa, ou à República, uma Democracia, procurando deliberadamente confundir – ou enganar – os accionistas, os cidadãos:
- como se o acto de ir de 4 em 4 anos votar e escolher qual é o Clube de Gerentes Profissionais que vai Gerir (representar e governar a Empresa) é que fosse a Democracia e o poder democrático,
        - mas o que isso é de facto é meramente um acto ou processo electivo: elege!
- Aliás, nos regimes não democráticos também se vota e também se elege (como foi o de Salazar, para não ir mais longe). Mas não é por isso que são Democráticos;

- Numa Demo (povo) cracia (poder), é o Povo que manda, integrando os tais grupos de membros de accionistas (Povo), que são – à vez!!! - candidatos a Gerentes, isso é a democracia;
- Quanto a este outro sistema, o dos Clubes de Gerentes Profissionais, a mesma Grécia antiga que deu luz à Democracia também o conhecia mas classificava-o como coisa diferente: oligarquia ou sistema de oligarcas;

7. em consequência desta acção de Gerencia abusiva, por um lado, os accionistas, os cidadãos, iam sendo afastados do seu legítimo poder, iam ficando dia a dia com menos direitos; porque os Gerentes Profissionais destruiram diligente e sistematicamente o modo de vida dos cidadãos, isto é, a indústria, as pescas, a agricultura, etc., foram ficando sem emprego, sem dividendos, sem recursos e sem património; como o dinheiro já era pouco para os membros do Clube de Gerentes Profissionais, foram também cortando aos accionistas na saúde, limitando-lhe (e taxando) a educação, impedindo-o do acesso à justiça através de um elaborado esquema de custas judiciais e estes, ao mesmo tempo, perdiam soberania, iam deixando de mandar e de representar fosse o que fosse na sua própria Empresa, i.e., na sua República, no seu País, tendo até já passado de accionistas (ou donos) a empregados ou servos e de serem policialmente espancados quando se atrevem a reclamar os direitos que lhes consagram os Estatutos;

8. Por seu turno, os Gerentes meramente contratados foram passando a patrões e donos exclusivos,  foram alterando as cláusulas do contrato a seu bel-prazer – até aquelas cláusulas que os responsabilizavam pelos seus maus actos de Gerência e pelos abusos de poder - foram aumentando os seus privilégios até ao abuso e à usurpação, criaram novos, muitos e muito mais caros lugares, cargos e privilégios, usaram em seu estrito, pessoal e particular benefício e das mais diversas formas a – parca – riqueza da Empresa e dos accionistas, i.e., do Estado e dos cidadãos, assim como foram dispondo de toda a sorte de recursos e equipamentos que pertencem aos accionistas com ostensivo e despudorado arbítrio;

9. e para manter nos accionistas, no Povo, essa ideia de inferioridade, de subalternos, de subjugados sem poder e com poucos direitos, a cada 10 de Junho o membro do Clube dos Gerentes Profissionais que está na presidência vem entregar medalhas, "ordens" e condecorações a outros Membros dos Clubes dos Gerentes Profissionais - ou a quem lhes lambe as botas - porque só eles contam, só eles são importantes, só eles merecem as medalhas e distinções que são pagas pelos accionistas. Estes sim, pagam e não contam, não são importantes e por isso nunca se entregam medalhas a um condutor de transportes públicos, ou a um carpinteiro, ou a uma emprtegada de escritório, ou a uma enfermeira. Ou até a um segundo sargento do exército: Não pertencem ao Clube dos Gerentes Profissionais... 

10. Por fim, com os cofres da empresa vazios e num estado de descalabro total e - sobretudo - quando afinal os recursos já nem chegam para continuar a manter os seus despendios e privilégios (e as medalhas), vários membros do Clube dos Gerentes Profissionais foram ao estrangeiro chamar uns quantos indivíduos euFMIsticamente chamados de especialistas - e que de facto são especializados na utilização de máquinas de calcular, sejam as ordinárias ou as financeiras - PARA VIREM SALVAR PORTUGAL; como se o problema fosse de mera aritmética ou de cálculo financeiro;

11. Não foram os accionistas - ou o Povo - quem malbaratou o muito dinheiro que agora falta na Empresa e a colocou na falência. Por isso, em vez de 4 economistas ou financeiros, dever-se-ia contratar 4.000 agentes de investigação que descobrissem o (dúbio) paradeiro dos recursos perdulária, irresponsável ou (porventura) criminosamente utilizados e deles resgatassem – onde quer que esteja – o dinheiro que ainda fosse possível;

F - Entretanto, à medida que os accionistas - i.e., o Povo - perdiam ao longo dos anos o poder efectivo na sua empresa e viam diminuídos direitos, dividendos e património, foram "desacreditando" desta perversa democracia e ficando indiferentes à eleição/nomeação dos (sempre os mesmos) Gerentes, assim se vindo a registar um nível crescente de Abstenção Electiva;
G - Esta atitude, contudo, não revelou qualquer consequência para os Clubes de Gerentes Profissionais. Sendo a sua única preocupação a vontade ou necessidade de sempre eleitos, qualquer quantidade de votos lhes aproveita,  ao ponto do (sempreterno e honorário) Presidente do Clube de Gerentes Profissionais B ter sido eleito PR por 2,3 em cada 10 eleitores (logo, ~1,8 em cada 10 accionistas!!!), não sendo muito diferente a quantidade de expressõs electivas que elegeram pela segunda vez o PM, ele próprio actual presidente do Clube de Gerentes Profissionais C; as ausências electivas (ou abtenção) contam apenas para a estatística e a sociologia mas os Clubes do Gerentes Profissionais não saem dela prejudicados.

H - É a hora de fazermos a necessária revolução e de registar o definitivo e vinculativo "pronunciamento popular e democrático"...

O Secretariado

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Banca de raiz "social" é mais desumana que a banca de raiz comercial

    OS BANCOS E A FALTA DE PRINCÍPIOS QUE REGE A COBRANÇA DE COMISSÔES EXORBITANTES, OS DÉBITOS SEM AVISO NEM AUTORIZAÇÃO, OS ABUSOS GENERALIZADOS...
III    


                                    "quem distingue ou separa as 'éticas' numa 'ética para a vida', uma ´'ética para os negócios', uma                                         'ética para a profissão', acaba, irremediavelmente, por nem ter nem praticar ética nenhuma". Zef,VR

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A Banca de raiz "social" é hoje mais desumana e predatória que a banca de raiz capitalista
Em matéria de comissionamentos, cobrança de "serviços" e coimas de toda a ordem, os bancos com responsabilidade social histórica e social e historicamente ligados ao mutualismo são os que mais desalmadamente e abusivamente  facturam, cobram, sacam, expropriam e esbulham.
 
As imorais comissões cobradas por toda a banca atingem nas caixas de tradição mutualista (CGD, MG-CEL, CA-CCAM) o paroxismo e a vertigem do abuso.
Mas à cabeça desta cruel e desapiedada predação está a CGD, cujas ditas comissões chegam ao dobro das da chamada "banca comercial" (BPI, Santander, BCP, Balclays, etc.) quer em espécie, quer em valor. O preçário "comissional" da CGD tem mais de 110 (cento e dez!) páginas e funciona como uma lei particular com vigência plena à luz da qual e com a cumplicidade do Regulador (Banco de Portugal) e do Governo, este "contador e tabelião" (a CGD) pratica extorsões absolutamente intoleráveis até mesmo num estado de direito-torto.
     Gozando a CGD de privilégios históricos sem par (era a Banca do Estado e para o Estado, do exclusivo das contas dos servidores do Estado) e continuando a ser um banco estatal, é justamente aos seus proprietários, o Estado e o Povo na sua mais significativa acessão histórica, i.é., é justamente ao estado e ao povo que mais lesa e sacrifica, em beneficio de um conjunto escandaloso de privilegiados que têm na CGD um instituto de Subsidiação à Riqueza e ao Privilégio, isto é, a CGD está para as elites políticas de hoje como as Feitorias e Directorias coloniais estavam para o poder régio: é lá que se colocam, e bem remunerados, aqueles a quem se quer continuar a pagar privilégios régios. É vê-los nomeados aos magotes a cada mudança de director-geral, ministros e de governo...

Afinal, que cão é este que a mão que mais morde é a do dono?...
Diz não nos lembra agora que pensador (Einestein?) que "infinita, só a estupidez humana" e que a maldade, a desonestidade e a indiferença são apanágios da estupidez.
A CGD foi criada em 1876 com fim e escopo bem definidos e sob a égide da Junta Crédito Público, no seio das crises financeiras da segunda metade do séc XIX e no seguimento da falência daquele que terá sido, salvo melhor historiografia, o primeiro marco significativo do capitalismo em Portugal, o Banco de Lisboa, fundado em 1821/1822:

http://www.cgd.pt/Institucional/Patrimonio-Historico/Noticias/Estudos/Pages/Grande-crise-bancaria-Portugal-BNU.aspx  
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0003-25732004000400008&script=sci_arttext 
Cento e trinta anos e muitas reviravoltas (internas e externas) depois, é um Banco que embora sendo do Estado (do Povo) e mantendo uma boa parte do escopo que a este respeita, serve afinal de pródiga magedoura (cif. Prof. Medina Carreira) da fidalguia bastarda da política dos últimos 40 anos e não há figura cinzenta das eminências pardas do bloco central (PS, PSD, CDS) que não tenha ido à dita mangedoura. Até a filha do Zé d'Alice do Seixal, a Cardona, depois da sua efémera e inesperada passagem pelo Ministério da Justiça, teve lá assento quando caiu o governo de Durão Barroso e ficou a receber "salário", prémios e dividendos. E como o dinheiro não chega para tudo, trata a CGD de o extorquir a quem tem menos, e menos bem se pode defender, com o sangue-frio e a indiferença do mais "eficiente" predador.

Próximos posts:
- O CEL-Montepio Geral, e o que resta das Caixas de Socorro das Caixas Económicas, dos Montepios (ou Montes Pios, para ser mais correcto) e do Mutualismo do Séc. XIX;
- CA - CCAM, a usura de proximidade desde 1911 e na senda das Comissões Fabriqueiras;





segunda-feira, 4 de abril de 2011

OS BANCOS, OS "BANCÁRIOS DE ALUGUER" E A FALTA DE UMA ÉTICA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL


                                    "quem distingue ou separa as 'éticas' numa 'ética para a vida', uma ´'ética para os negócios', uma                                         'ética para a profissão', acaba, irremediavelmente, por nem ter nem praticar ética nenhuma". Zef,VR
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OS BANCOS E A FALTA DE PRINCÍPIOS QUE REGE A COBRANÇA DE COMISSÔES EXORBITANTES, OS DÉBITOS SEM AVISO NEM AUTORIZAÇÃO, OS ABUSOS GENERALIZADOS...

II
Quais são os limites da responsabilidade desta rapaziada das televisões, do cinema e do teatro que surgem a vender  em teatrinhos e curtas-metragens pagas, bens e serviços que validam como próprios mas sobre os quais não têm a um conhecimento técnico ou pericial de qualquer ordem?..
Fazendo nossas as angústias e interrogações de muitos, que teriam/terão a dizer sobre todo este quadro, respectivamente,
a.     a Catarina Furtado a mesmíssima que se enternece no  Natal do Hospitais ou nos PRINCIPES DO NADA mas que depois diz desembaraçadamente, sob um esplendor de cor e luz, que “aos vencedores, dão-se louros, aos talentosos, aplausos, aos corajosos, uma medalha, aos aplicados, um futuro -!!!-, aos mais clientes, mais vantagens”, numa apologia idiota de valores neo-espartanos (vencedores, talentosos e mais não sei o quê ) - um arrazoado tal que, se tudo estivesse minimamente bem e conforme à história, muito haveria de magoar o pai Joaquim, a Voz radiofonica do comunicado da manhã do tal “dia 25” - surgindo depois uma justificação em voz off  porque na caixa os benefícios crescem à medida que aprofunda o seu relacionamento com o Banco”, o que constitui uma múltipla (ou plural) falácia, como se verá adiante ?...
    Realmente, ou é muita a cegueira, ou maior a ambição e a hipocrisia porque, afinal, também há príncipes do nada aqui mesmo, debaixo da dita marca, aos quais não só se não dá como – e bem pior – se tira, e muito,  jovens estudantes a quem, sob a alegação de comissão por descoberto virtual boreal chegam a retirar da conta e de uma só vez as senhas de refeitório de 3 semanas completas, para depois as dar...à mais que bem paga e bem nutrida Catarina(!!!),
     a mesma Catarina que deveria pelo menos ser obriga a acrescentar ao referido anúncio comercial “e aos demais vamos tirando o que pudermos sempre e como oportunamente pudermos e ainda assim o muito deles é para nó se para a nossa voracidade...muito pouco”...
     para não falar do novo anúncio protagonizado pela mesma e que atinge o limite máximo do paroxismo cínico quando refere o “futuro à espera de ser construído”...

b. O que tem a dizer o Rui Veloso que ( e mais uma vez como bancário de aluguer) aparece a dizer que “quem tem seguro de saúde safa-se” ?...
c. Ou ainda o Carlos do Carmo (!!!), a Simone de Oliveira, o Nicolau Breyner, o Scolari, tendo cada um deles idade mais que suficiente para serem avós dos jovens titulartes extorquidos nas contas da CGD que a troco de um cachet  exactamente, a troco de dinheiro! - vêm recomendar-lhe/nos o que, seguramente, não podem e não devem, porque, em rigor, não sabem nem  conhecem.

d. No caso do Carlos do Carmo, até alude ao prémio José Afonso para referir – ou  justificar - o seu percurso “até ali”. Por um lado, a aviltância chega até ao acto de referir José Afonso num contexto que ao próprio haveria de dar, sem a menor dúvida, uma volta às tripas.

e. E que pena os jovens estudantes não serem da selecção, porque aí entraria o murro do Scolari, “caixa num é banco não, tirar 30 euros assim de cada vez ao minino?!... banco num pode ser a Caixa porque o minino deve ser respeitado, pimbolim é matraquilho mas minino num é pimbolim!...



... Realmente há circunstâncias em que já não sabemos se certas pessoas vendem a alma ao diabo ou se antes adquiriram a dele em regime de franchising...
Há um par de anos passava na TV um anúncio rodado numa praia das Caraíbas ondeum senhor mais sénior perguntava a um jovem, em jeito de repreensão, Is your mother proud of you"?...

Estranhos tempos e lugares os nossos, porque a pergunta que teria que ser formulada a estes "AVÓS" já só poderia ser “estarão os vossos netos orgulhosos de vós”?

Por outro, a quem raio ocorre dar a alguém o prémio que foi atribuído a um nome que sendo daque perfeitamente coevo não era, seguramente, seu correligionário?...
Diz um "quem tem seguro de saúde, safa-se" porque, evidentemente, quem tem cartão de saúde tem que ter dinheiro e quem tem dinheiro...safa-se, 
claro
”.
Diz(em) o(s) outro()s) o que os links abaixo permitem ver e ouvir.

http://www.youtube.com/watch?v=PaF0iPVuorI

http://www.youtube.com/watch?v=Cie3r0wN6jc&NR=1

      Já o Zeca, na sua vez, dizia que acima da pobre gente subiu quem tem bons padrinhos”.

D  Duma coisa estamos seguros, de que entre safar-se, ter dinheiro, ter cartões, ter saúde e padrinhos há cada vez mais iniludíveis relações, mas há também ilações iniludíveis: A estes, alugam-nos, pagam-lhes para assim falarem. Ao Zeca, fazer o que fez, dizer o que disse, falar como falou, valeu-lhe a ostracização e a quase mendicidade. Mas nós sabemos quem a disse e qual é a verdade.

E mentir, enganar, iludir, mangar,  não pode nunca deixar de ser ilícito e por isso mesmo prática proibida. E  muito menos o pode quando esse tipo de mentira ou ficção tira partido (ou explora) desigualdades gritantes, quer em termos de carreira pública, quer de estatuto, projecção e conhecimento sociais e económicos, de mundividência e conhecimento, etc.

Ou quando - e mais grave ainda se serve(m) de uma confiança publica obtida através de meios e ou fins institucionais, com a agravante de muitos dos detentores dessa “confiança institucional” a terem granjeado através do serviço público de Televisão (RTP/EDP) que  é paga pelos próprios destinatários da mistificação "alugada".

- Com que ética e irresponsabilidade podem as Catarinas, Fátimas Lopes e Conceições Linos, os Gouchas, Júlias e Carlos Gabrieis, que ganharam fama, notoriedade e, sobretudo, a confiança pública por tratarem – supostamente com seriedade e sinceridade - matéria social delicada, problemas sociais gerais ou individualizados e identificados, etc., com que ética podem, pois, servir-se dessa confiança para virem afiançar - a troco de pecúnio - aquilo que nem as entidades reguladoras  ou fiscalizadoras podem afiançar ou abonar em  abstracto, radicando nessa impossibilidade a sua natureza ontológica (ou razão de ser)?...

- seja “o desconto de cartão, os preços baixos, as  promoções” do Modelo-tenente, ou do Pingo Azul ou do Micro-preço, seja a caixa que é Banco, seja o Jorge do Millenium no barbeiro e ao qual este pergunta confiadamente (e através deste, todos os seus pares) tu  garantes-me, Jorge?”?...

- E qual é a responsabilidade que deve ser assacada aos mandantes, a quem os “contrata” e para tanto lhes paga?...

- E qual é a ética e a responsabilidade do sistema legal (?) que permite que isto se faça sem consequências?...

- Que certeza e segurança acautela e garante o sistema normativo que isto consente, seja por acção ou omissão?...
(continua)

domingo, 3 de abril de 2011

OS BANCOS E A FALTA DE PRINCÍPIOS QUE OS REGE...


                                    "quem distingue ou separa as 'éticas' numa 'ética para a vida', uma ´'ética para os negócios', uma                                         'ética para a profissão', acaba, irremediavelmente, por nem ter nem praticar ética nenhuma". Zef,VR
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OS BANCOS E A FALTA DE PRINCÍPIOS QUE REGE A COBRANÇA DE COMISSÔES EXORBITANTES, OS DÉBITOS SEM AVISO NEM AUTORIZAÇÃO, OS ABUSOS GENERALIZADOS...
(Insp em Serzedello Júnior, AJP, “Os Bancos e os princípios que regem a emissão e circulação das notas”, Ed. Lisboa - 1867)
I
Pressupostos:
A Partir da Constituição de 1976 só há uma soberania, a do Povo, integrado pelos jovens estudante e titulares de uma conta bancária, pelos electricistas, pelos médicos e  juízes, pelos desempregasdos e beneficiários do RSI, pelos administradores dos Bancos, em suma, por todos os portugueses e portuguesas, menores ou de maior idade. Esses, no seu conjunto e nessa “instância”, são o P?ovo e a Única Soberania da Nação.
1.    Não haverá quadro legal ou jurídico-constitucional que sustente ou sequer consinta a avalanche de comissões com que a banca vem confrontando os particulares, retirando-lhes avultadas e imorais somas de dinheiro, abrupta e abusivamente, sem aviso prévio ou sequer nota de conhecimento posterior;

2.  Quando confrontada com estes "comportamentos", a Banca tenta branquear tão abusivas como imorais práticas  escusando-se (ou justificando-se) com o “preçário”, matéria cuja validade é igualmente discutível, se mais não for, à luz do princípio da “certeza e segurança”. Tal desculpa não passa de um argumento comercial de muito discutível ética -até porque não pode o cliente adivinhar qual das inúmeras comissões do seu imaginativo preçário lhe vai o banco retirar abrupta - e abusivamente! - da sua conta "à ordem" - pratica que não resistirá a um procedimento judicial sustentado e usando as sucessivas prerrogativas de recurso, até ao “Tribunal Europeu”;

3. Aliás - e essa matéria é susceptível de demonstração e perícia – não é possível ao cliente conhecer o preçário em tempo e de forma útil, porque afinal nem os bancários o conhecem: numa breve sequência de entrevistas telefónicas (monitoradas) que efectuamos, constatou-se que nem os próprio operadores ou funcionários bancários conhecem sequer 10% do conteúdo do preçário !!!

4.  O Banco (e os bancos que assim operam) actuam num quadro de legalidade oblíqua que é abrigado num pressuposto cobarde: Dadas as caraterísticas do Sistema Judicial (procurar advogado - constituir mandatário, pagar preparos e custas, etc.), e não tendo este Estado de (sonegação dos) Direito(s) criado alternativas, como um organismo tipo ERSE, mas eficaz e rápido, com poder arbitral e eficaz, cada lesado em concreto não acciona judicialmente o abusador que, cumprindo a velha máxima, eurão a eurão lá vai criando os seus off-shores, na Suiça ou no Japão...

Em resumo, aqueles a quem é confiada a administração do Estado Português omitem, cúmplices e culposos, a criação de mecanismos judiciais compagináveis com a reclamação desta pequena casuística, assim consentindo a proliferação destes verdadeiros off-shores judicias.

5. Contudo, além deste quadro não ser (de todo) legal, há os suficientes entendimentos de que certas práticas bancárias podem e devem ser comunicada ao Ministério Público.

6. Em termos de acção cível, tal actuação é sempre passível de acção judicial de uma de três formas (até conjugadas),
      a. figura da Acção Popular, ou
     b. uma acção Judicial de muitos (ou vários) contra um,, isto é, um conjunto de pessoas que, ainda que lesadas em pequenos montantes, juntos e somados dão força representatividade à parte que move a acção, ou
     c. Uma acção de cada lesado contra o Banco, requerendo para tanto protecção Jurídica junto da Segurança que lhe será, seguramente, concedida,
     d.  Sem prejuízo de outras acções ou manifestações cuja criatividade juvenil amiúde  excede e surpreende  (naturalmente que sempre dentro do quadro de legalidade e paz social),  como é o caso dos Vossos MassMOB, formas de  atrair a atenção e a consciência pública para problemas agudos deste teor e dos  quais damos um exemplo na ligação abaixo, efectuado precisamente no Banco Santander  (Espanha):

Tanto mais que os bancos também (ab)usam dos seus MOB, , sendo estes bem menos verdadeiros, sinceros e transparentes, como pertinentemente nos referem;

6. Prosseguindo,  perguntamo-nos até se, face, por um lado, a esta deliberada e conveniente confusão entre motivo e oportunidade, e por outro lado constatadas as exorbitâncias debitadas e a ausência de um critério de razoabilidade nessa relação de grandezas, tal não constituirá um quadro de “enriquecimento sem causa” matéria igualmente prevenida na  Lei?!...

7.    além de existir seguramente um comportamento irregular em termos procedimentais elementares  (Código Civil, comercial, etc.), porquanto, face ao que nos vem sendo dado a saber, a Banca opera tais débitos sem, previamente,
   a.   emitir um documento de suporte, vulgo bordereaux, nota de débitonota de lançamento ou de conhecimento ou  similar que,
     b. além de expor de forma clara aquilo que debita e porque o debita numa nota de lançamento ou similar mesmo tempo que suporta a operação, interpela/notifica o visado do respectivo débito a operar (e  não apenas fazer figurar à posteriori no extrato da conta, referidos com siglas inintelegíveis e já como acto consumado,  como vem sendo o caso),
   c. dando-lhe assim tempo para conhecer e se opor ou contestar a “dívida” se for o caso, 
    d. apenas depois, proceder ao débito em conta,
   e. tanto mais que este procedimento e esta movimentação (e consequente redução do saldo efectivo da conta) é coisa que o visado (ou lesado?) conhece apenas à posteriori,
   f. corre o risco de que lhe seja devolvido um cheque ou anulada uma operação ordenada e outros transtornos que a banca bem conhece, pode prever, mas contudo negligencia acautelar ou evitar,
   g. conformando-se – no seu estrito interesse, com o resultado ulterior e por isso mesmo devendo ser chamada à sua responsabilidade;
   h. aliás – e isto é matéria que a banca não desconhece – o extracto é apenas a história da conta, ou se se preferir, a evolução diacrónica da conta e do seu saldo líquido, não é suporte documental de movimentos, não é contabilística e fiscalmente válido para tal fim,
   i.      sendo motivo de apreensão este comportamento tácito e furtivo dos bancos porque, por um lado, deixa-nos inseguros em termos de transparência até fiscal e, por outro é a razão pela qual se começa a propagar mais uma pertinente interrogação:
  j.      afinal, de quem é a conta,
       - o titular, para mexer  para cima ou para baixo no seu dinheiro, tem que comprar  cheques a preço especulativo os cheques –  aliás, o livro de  cheques é hoje em dia a mais descarada falácia comissional -  pagar comissão pelos levantamentos avulso processados – lá está! – através de um  suporte, um bordereaux, quase  sempre de tamanho A5;      
         - mas o bancos, que supostamente apenas guardam o dinheiro (claro que beneficiam dele das mais diversas formas e a custo zero mas...) mexem nele  dinheiro de terceiros  "tal como les da la gana" e como se fosse coisa sua?... Afinal de quem são quer a conta, quer o dinheiro?...

8. Posto o problema de outra forma, 
     - poderá o  transportador de víveres para um supermercado parar a meio da viagem parar a  viatura, abrir a carga e comer dela ou, 
      - pode o entregador da Telepizza durante  uma viagem de entrega de uma pizza servir-se de uma fatia da mesma e ainda alegando um preçário comissional que está impresso...no verso do talão de venda que apenas dá a conhecer no acto de entrega da pizza?...
      - poderá ainda um cobrador subtrair  retirar uma quantia arbitrária do montante que recebeu em nome e por conta de  outrem alegando qualquer coisa como isto, “este  pagador demorou a chegar, atrasou-me e por isso cobrei-me de uma comissão  adicional, tal como consta do preçário que tenho guardado no bolso de trás das  calças”?... 

       9. se não podem aqueles, porque há-de pode poder a Banca assim agir, assim tributar ou extorquir como se os Bancos fossem um Senhorio de privilégios régios medievais ou do Antigo Regime e os seus clientes fossem os meros e míseros servos da  gleba?...Que pode poder é este e quem lho outorga ou consente, porque o  “Povo Soberano da Nação Portuguesa” não é, seguramente?...

10.    Sobre outro aspecto que pertinentemente nos colocam quanto às "figuras” que se prestam a vender o Banco e a marca e os produtos bancários (pasme-se!), não teríamos grande hesitação em arriscar que se trata de publicidade enganosa;

11.    já que essas figuras não são capazes de se não deixar vender, vendendo dessa forma,  muito desejaríamos que, ao menos, recorressem depois à figura institucional do Tempo de Antena das rádios e televisões para dar nota e conhecimento ao Povo de que aquilo que fazem é ficção, é faz-de-conta, são curtas-metragens pagas...

(continua)