sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sra Ministra, o Povo é cortês e sabe respeitar...



Isto é mais que consabido (ainda que nos "adiante um bledo"!): Os empossados de cargos de soberania, públicos e ou autárquicos, e independentemente do âmbito (ministerial, judicial, administrativo), são-no em nome do Povo, por decisão e mandato (directos ou indirectos) deste e para exercerem em conformidade com a vontade objectiva, subjectiva e intersubjectiva desse mesmo Povo. Um/a juíz/a não pode dar "recadetes" no "seu" tribunal, porque nem este nem a função são seus no sentido de coisa pessoal e ou privada. Nem um Ministro pode responder como o fez (há uns dois ou tres anos) o Ministro da Agricultura a um pescador (salvo erro). 

Se há/houve nomeados e empossados que como nunca ostentam a falta dessa essencial noção, são os recentes governantes, sobretudo por ser omissa (ou escassa) a sua educação para a Democracia real, por um lado (o Álvaro - by him self, o Mº das Finanças, etc.), o próprio contexto social, político e económico, por outro, que parece prestar-se a messias, profetas e outros sacerdotes.

Contudo, há reacções pessoais e privadas que são de um âmbito igualmente sério e reprovável como é o caso protagonizado hoje pela Sra Ministra da Justiça, mas também  Advogada de "grande escritório", Paula Teixeira da Cruz. Antes de mais, duvida-se de que a acrimónia manifestada ao (e contra o) Bastonário da O.A. na manhã desta sexta-feira resulte da estrita dinâmica MJ <-> O.A., antes nos parecendo indesmentível que é uma reacção da Advogada contra um Bastonário de que seguramente, a) não gosta, b) a própria não elegeu assim como nenhum dos seus pares de Status socioprofissional, mas (re) elegeram-no os Advogados.

Ao assim manifestar as suas posições (e afectos ou desafectos) particulares ou pessoais, a Sra Ministra empossada arrastou no seu acto descortês o Ministério e o próprio Povo soberano e o Povo Português terá os seus defeitos, mas é educado, moderado, urbano e é, sobretudo, cortês!

O Povo não é uma abstracção (ou meramente uma palavra tipografada na CRP) o povo é real: Perguntei aos meus amigos, confrades, colegas, aos meus filhos, sobrinhos, cunhados, irmãos e nenhum deles abandonou o congresso naquela manhã. E se eles - o Povo - não abandonaram, muito menos o pode ter feito a sua Ministra da Justiça. Quem foi  descortês foi a cidadã (e advogada) Paula Teixeira da Cruz, por sua conta e pelos seus - estritos - motivos, assim desconsiderando o Congresso, os Advogados, o Sr Bastonário, o Ministério, mas desconsiderando  (e deixando ficar mal) igualmente e não sem tanta ou mais gravidade o Povo, isto é, os meus filhos, os meus colegas, os meus sobrinhos, os meus amigos, e ainda e até ao limite da matriz social, filhos, colegas, sobrinhos, cunhados, amigos de todos eles sem excepção.

Srs Advogados, Sr Bastonário, demais entidades (oficiais ou particulares) presentes, p.f. acreditem, nós não abandonamos o congresso e se o não fizemos, o Ministério - que é o/do Povo -  esteve presente!

Abandonou-o, sim, a Sra Paula Teixeira da Cruz e se por isso lhe não doer a consciência ou a responsabilidade, que lhe doam, pelo menos, os dentes!

Procidade