quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

...Mas aos burlões do BPN não chamam nada...

Baptista da Silva:

"Chamar-me burlão é fácil, aos burlões do BPN não chamam nada"

"O fundamental de toda a mensagem, o seu conteúdo de análise, diagnóstico e propostas alternativas passou a ser despiciendo e invariavelmente ignorado (...)".
Artur Baptista da Silva mantém que é colaborador voluntário da ONU e que pretende instalar um Observatório Independente
Artur Baptista da Silva

Artur Baptista da Silva defende-se
D.R.

27/12/2012 | 11:47 | Dinheiro Vivo

"Artur Baptista da Silva, que se apresentou como consultor da ONU, defende-se numa nota enviada à Lusa, garantindo que é apenas "colaborador voluntário" e que "apesar dos factos ocorridos" continua a pretender instalar um Observatório Independente.
Numa longa nota enviada à Agência Lusa após uma troca de mensagens em que sempre recusou dar entrevistas, porque não quer "protagonismos", Artur Baptista da Silva queixa-se das acusações de que está a ser alvo, da devassa da sua vida privada, explica a sua ligação à ONU e dedica a maior parte do seu comunicado com a argumentação utilizada nas várias intervenções públicas e entrevistas que convenceram muita gente.
"O fundamental de toda a mensagem, o seu conteúdo de análise, diagnóstico e propostas alternativas passou a ser despiciendo e invariavelmente ignorado", lamenta o homem que está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República.
Na sua nota, Baptista da Silva começa por mostrar desagrado com os "ataques" da comunicação social de que se diz alvo, aludindo a um "regresso à antiguidade clássica" em que "quando a mensagem não agrada aos poderes instituídos legítimos e/ou ilegítimos, assassina-se o mensageiro".
Afirma Baptista da Silva que "tal como o poder político, também alguma comunicação social é muito forte com os que lhe parecem ser fracos e cobardemente fraca com os fortes cujos poderes a manietam".
E exemplifica: "Chamar-me burlão têm sido fácil! Mas nunca, até agora, os vi chamar burlões aos 50 maiores devedores do BPN que, esses sim, burlaram o Estado Português, num montante equivalente a 1% do PIB, nem aos que transferem capitais, limpos e sujos, para paraísos fiscais, delapidando os interesses do Estado fugindo ao pagamento dos impostos e que paulatinamente, e no silêncio cúmplice da mesma comunicação social, aproveitam as janelas de oportunidade concedidas periódica e discriminatoriamente, pelos diversos governos que lhes perdoam o crime fiscal em troca do pagamento de uma taxa de 7,5%, ou seja, um terço da dos cidadãos sérios que aplicam as suas poupanças em Portugal e pagam 22,5%. A isto chama-se cumplicidade silenciosa do benefício não ao infrator mas ao criminoso",
27/12/2012 | 11:47 | Dinheiro Vivo