terça-feira, 23 de abril de 2013

Remodelação em duodécimos

"Em duodécimos - Remodelação governamental, entre a incompetência e a ilegalidade

A incompetência já levou à remodelação de todo o ministério da Economia. Só falta o ministro. Os poderes foram sendo subtraídos. O novo ministro Maduro ficou com pastas decisivas.
O QREN mudou de mãos. Programas inventados e de satisfação de apenas alguns, muito poucos, explicam muita coisa. Não foi mais do que distribuir dinheiro avulso (...)"

Blog "Gota de Água"

segunda-feira, 22 de abril de 2013

quien me ha robado el mes de abril (Joaquim Sabina)

Data: 22 de Abril de 2013 à56 18:44
Assunto: Fwd: COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL


"Associação 25 de Abril não aceita convite para se fazer representar na sessão solene da Assembleia da República , comemorativa do 39.º aniversário do 25 de Abril.
COMUNICADO
Em 2012, a Associação 25 de Abril decidiu não aceitar o convite para se fazer representar na sessão solene da Assembleia da República, comemorativa do 38.º aniversário do 25 de Abril.
Tivemos, então, oportunidade de justificar, no comunicado “Abril não desarma”, as razões que nos levaram a essa decisão.
Porque consideramos que essas razões não desapareceram, pelo contrário, terão sido agravadas na generalidade e acrescidas de outras, decidiu a Direcção da Associação 25 de Abril renovar a não aceitação do convite da Presidente da Assembleia da República, para assistir à sessão solene comemorativa do 39.º aniversário do 25 de Abril.
Não relembrando as razões específicas que nos levam a esta decisão, reafirmamos contudo que continuamos a considerar que:
- A linha política seguida pelo actual poder político deixou de reflectir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição da República Portuguesa;
- O poder político que actualmente governa Portugal, configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores;
Porque continuamos a acreditar na democracia, porque continuamos a considerar que os problemas da democracia se resolvem com mais democracia, esclarecemos que a nossa atitude não visa as Instituições de soberania democráticas, não pretendendo confundi-las com os que são seus titulares e exercem o poder.
Por isso reafirmamos, no momento difícil que Portugal continua a atravessar:
- A nossa convicção quanto à vitória futura, mesmo que sofrida, dos valores de Abril no quadro de uma alternativa política, económica, social e cultural que corresponda aos anseios profundos do Povo português e à consolidação e perenidade da Pátria portuguesa.
- O nosso apelo ao povo português e a todas as suas expressões organizadas para que se mobilizem e ajam, em unidade patriótica, para salvar Portugal, a liberdade, a democracia.
Lisboa, 19 de Abril de 2013
A Direcção"

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Miguel Gonçalves, onde está o teu carrinho das pipocas?

Miguel Gonçalves, onde está o teu carrinho das pipocas?

Simplesmente brilhante: face a um discurso bafiento de um 'jovem' cujo tipo de verborreia e oportunismo ensanduichado de ignorancia a que recorre estão secularizados, a incontornável simplicidade da lucidez.
Hoje o meu apelido também é Mineiro :)

O Cínico

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Farsa da páscoa

ou O Auto da Cruxificação
por Gil Vicente (texto apócrifo)

Naqueles dias - começava a correr o ano de 2013 - vários escribas levaram à presença dos sumo sacerdotes da constitucionalidade a Lei do Orçamento e vieram depois para uma sala repleta de lavatórios e toalhas brancas onde já se encontravam os membros do governo desta Galileia a aguardar a "páscoa", a imolação da carneirada e prontos a lavarem [daí] as falangetas.

Através da dita Lei do Orçamento, perguntavam os escribas aos sumos sacerdotes:

- Quereis que se apliquem os artºs 27, 29 e 31 e se reduzam os salários da função pública superiores a 1.100 e 1.500 euros/mês (poupando aos futuros empréstimos [!!!] cerca de 1.5 mil milhões de euros), ou quereis que se cruxifiquem os mais pobres, públicos ou privados e se reduzam TODOS OS SALÁRIOS, mesmo aqueles que estão uns míseros 20 euros acima do salário mínimo, através da sobretaxa de IRS de 3,5%, além de outras medidas avulsas a anunciar que atinjam igualmente pobres e ricos, que o mesmo será dizer, sobretudo os pobres?...
E na sexta-feira da paixão, depois de comungarem uns e outros o pão gourmet e o vinho turiga nacional, juntaram-se os sumo sacerdotes no altar circunspecto e paramentados a rigor anunciaram a farisaica decisão:

- Solte-se Barrabás!...

(continua)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Uma imagem vale...

As significativas mil palavras que endereçaram ontem os leitores do ardina à "situação" e aos "situados":


O ardina

O Caramelo e os calimeros

O Caramelo e os calimeros
comentando

O vendedor de pipocas de mariana pessoa

"Acredito na sinceridade de MG. Isto é, ele diverte-se mesmo com o seu show-off ao ponto de aceitar o trabalho sem remuneração. É pago em géneros, como se a sua insanidade ideológica fosse uma espécie de terapia. “Eu sei que vocês sabem que eu sei que eu sou um Caramelo”, podia ser o seu slogan. E o que é um Caramelo? Um Caramelo é aquele que se opõe ao Calimero piegas que o “nosso primeiro” invectiva. Não escolheram a personagem por acaso: o Caramelo não choraminga como o Calimero; o Caramelo não é ingénuo, o Caramelo aproveita as oportunidades; e, enquanto o Calimero chora as dificuldades, o Caramelo atropela proactivamente os constrangimentos exteriores.
Todavia, aprofundemos a natureza ontológica do caramelo perscrutando o seu pensamento. Ele não quer saber de política. A sua sabedoria consiste precisamente em não querer saber. Em vez de pensar, fala. E fá-lo com entusiasmo. E da sua verve brota um discurso vazio de pensamento filosófico, como se o seu “eu” não estivesse situado histórica e socialmente. Confesso que também me apetece, muitas vezes, ser assim maluco e determinar o nascimento de um mundo que fosse só o meu e não me interessasse para nada a compreensão da sociedade em que vivo e dos outros.
A consistência de MG nesta forma de estar parece-me admirável, sobretudo porque não me parece que recorra a drogas para esta experiência subjectiva individual. Apetece de facto, mas não saberia viver assim, no orgulho de uma diferença irredutível, crème de la crème, caramelo dos caramelos, erguendo um abismo entre a minha consciência alucinada e o mundo dos outros, os idiotas calimeros entre os quais se contam os quase 20% de desempregados, muitos deles jovens com elevadas qualificações académicas.
Os calimeros são os danados que não conseguem o milagroso “thinking out of box” e por isso são irrelevantes ainda que sejam doutorados porque não têm as ditas competências transversais.
E de facto seria dramática a situação de uma universidade que estivesse fechada sobre si mesma e desligada da sua envolvente social. E a universidade sente este desconforto, e não é de agora, mas sobrevive precisamente no resultado dessa tensão dialéctica entre o pensamento e a sua preocupação com o mundo - num desconforto e na sua superação. Às vezes dentro da caixa, outras vezes rebentando-a e agindo sobre a sociedade.
O que MG propõe é um “thinking out of the box” absoluto, não como um pensamento, mas como uma espécie de maluqueira, “porque sim”, tornando-se assim completamente irrelevante enquanto fenómeno capaz de transformar o estado de coisas, exceptuando o mérito de ter resolvido bem a sua vidinha.
Ainda bem que MG não começa a teorizar muito sobre o assunto e se limita a aconselhar os jovens a fazer pipocas para pagar os estudos, porque se tornaria muito maçador e entediante um coaching filosófico. MG faz muito bem em manter-se neste estado de alienação perante o mundo que desaba. Também me apetece. MG não é um problema. MG não é uma solução. MG é um sintoma."
 
ZVR, Fb; 2013-04-03

Cacofonias fóbicas


Digo eu...

O Cínico

terça-feira, 2 de abril de 2013

A magestosa iguldade das leis

Em fins de 900 Anatole France ironizava assim sobre a igualdade e "imparcialidade" das leis:

"A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o pobre de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de roubar pão."


Um século depois - e já veremos por quanto mais tempo! - esta sátira deveria (deverá) ser assim reescrita:

"A majestosa igualdade das leis, que ao mesmo tempo que proíbe o pobre de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de roubar pão, permite ao rico - sobretudo se for banqueiro - roubar a casa e o pão aos pobres e empurrá-los para a mendicidade e para debaixo das pontes..."

Politicamente Incorrecto

Stand up Comedy Governativo

ou quando redes e pirâmides tipo herbalife chegam ao governo de um país...

Almanaque da Mediocridade

Quando há uns bons meses constatava a feição "Facebook/Twiter" do Ministério de Alvaro Santos Pereira, acreditava que se tinha atingido o paroxismo da infantilidade, da falta de maturidade política ou governativa, do que é pouco sério, do ridículo, enfim, do absurdo. Erro!... Esquecia-me do Relvas, aquele a quem os arbítrios da onomástica recusaram o merecido nome de Hilário e cujos criatividade, inventividade e jogo de cintura não têm limites. E eis que, antecipando-se à possível remodelação a que se vem aludindo nas últimas semanas, ele próprio remodela o paradigma governativo integrando este "propagandista" cruzado de IURD com Televendas:




O Cínico

Alguém deveria dizer a este "moço", enquanto é tempo, que ele só regista este sucesso de discurso óbvio, vazio e inconsequente porque não tem noção do ridículo e tem ainda menos escrúpulos...