segunda-feira, 4 de abril de 2011

OS BANCOS, OS "BANCÁRIOS DE ALUGUER" E A FALTA DE UMA ÉTICA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL


                                    "quem distingue ou separa as 'éticas' numa 'ética para a vida', uma ´'ética para os negócios', uma                                         'ética para a profissão', acaba, irremediavelmente, por nem ter nem praticar ética nenhuma". Zef,VR
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OS BANCOS E A FALTA DE PRINCÍPIOS QUE REGE A COBRANÇA DE COMISSÔES EXORBITANTES, OS DÉBITOS SEM AVISO NEM AUTORIZAÇÃO, OS ABUSOS GENERALIZADOS...

II
Quais são os limites da responsabilidade desta rapaziada das televisões, do cinema e do teatro que surgem a vender  em teatrinhos e curtas-metragens pagas, bens e serviços que validam como próprios mas sobre os quais não têm a um conhecimento técnico ou pericial de qualquer ordem?..
Fazendo nossas as angústias e interrogações de muitos, que teriam/terão a dizer sobre todo este quadro, respectivamente,
a.     a Catarina Furtado a mesmíssima que se enternece no  Natal do Hospitais ou nos PRINCIPES DO NADA mas que depois diz desembaraçadamente, sob um esplendor de cor e luz, que “aos vencedores, dão-se louros, aos talentosos, aplausos, aos corajosos, uma medalha, aos aplicados, um futuro -!!!-, aos mais clientes, mais vantagens”, numa apologia idiota de valores neo-espartanos (vencedores, talentosos e mais não sei o quê ) - um arrazoado tal que, se tudo estivesse minimamente bem e conforme à história, muito haveria de magoar o pai Joaquim, a Voz radiofonica do comunicado da manhã do tal “dia 25” - surgindo depois uma justificação em voz off  porque na caixa os benefícios crescem à medida que aprofunda o seu relacionamento com o Banco”, o que constitui uma múltipla (ou plural) falácia, como se verá adiante ?...
    Realmente, ou é muita a cegueira, ou maior a ambição e a hipocrisia porque, afinal, também há príncipes do nada aqui mesmo, debaixo da dita marca, aos quais não só se não dá como – e bem pior – se tira, e muito,  jovens estudantes a quem, sob a alegação de comissão por descoberto virtual boreal chegam a retirar da conta e de uma só vez as senhas de refeitório de 3 semanas completas, para depois as dar...à mais que bem paga e bem nutrida Catarina(!!!),
     a mesma Catarina que deveria pelo menos ser obriga a acrescentar ao referido anúncio comercial “e aos demais vamos tirando o que pudermos sempre e como oportunamente pudermos e ainda assim o muito deles é para nó se para a nossa voracidade...muito pouco”...
     para não falar do novo anúncio protagonizado pela mesma e que atinge o limite máximo do paroxismo cínico quando refere o “futuro à espera de ser construído”...

b. O que tem a dizer o Rui Veloso que ( e mais uma vez como bancário de aluguer) aparece a dizer que “quem tem seguro de saúde safa-se” ?...
c. Ou ainda o Carlos do Carmo (!!!), a Simone de Oliveira, o Nicolau Breyner, o Scolari, tendo cada um deles idade mais que suficiente para serem avós dos jovens titulartes extorquidos nas contas da CGD que a troco de um cachet  exactamente, a troco de dinheiro! - vêm recomendar-lhe/nos o que, seguramente, não podem e não devem, porque, em rigor, não sabem nem  conhecem.

d. No caso do Carlos do Carmo, até alude ao prémio José Afonso para referir – ou  justificar - o seu percurso “até ali”. Por um lado, a aviltância chega até ao acto de referir José Afonso num contexto que ao próprio haveria de dar, sem a menor dúvida, uma volta às tripas.

e. E que pena os jovens estudantes não serem da selecção, porque aí entraria o murro do Scolari, “caixa num é banco não, tirar 30 euros assim de cada vez ao minino?!... banco num pode ser a Caixa porque o minino deve ser respeitado, pimbolim é matraquilho mas minino num é pimbolim!...



... Realmente há circunstâncias em que já não sabemos se certas pessoas vendem a alma ao diabo ou se antes adquiriram a dele em regime de franchising...
Há um par de anos passava na TV um anúncio rodado numa praia das Caraíbas ondeum senhor mais sénior perguntava a um jovem, em jeito de repreensão, Is your mother proud of you"?...

Estranhos tempos e lugares os nossos, porque a pergunta que teria que ser formulada a estes "AVÓS" já só poderia ser “estarão os vossos netos orgulhosos de vós”?

Por outro, a quem raio ocorre dar a alguém o prémio que foi atribuído a um nome que sendo daque perfeitamente coevo não era, seguramente, seu correligionário?...
Diz um "quem tem seguro de saúde, safa-se" porque, evidentemente, quem tem cartão de saúde tem que ter dinheiro e quem tem dinheiro...safa-se, 
claro
”.
Diz(em) o(s) outro()s) o que os links abaixo permitem ver e ouvir.

http://www.youtube.com/watch?v=PaF0iPVuorI

http://www.youtube.com/watch?v=Cie3r0wN6jc&NR=1

      Já o Zeca, na sua vez, dizia que acima da pobre gente subiu quem tem bons padrinhos”.

D  Duma coisa estamos seguros, de que entre safar-se, ter dinheiro, ter cartões, ter saúde e padrinhos há cada vez mais iniludíveis relações, mas há também ilações iniludíveis: A estes, alugam-nos, pagam-lhes para assim falarem. Ao Zeca, fazer o que fez, dizer o que disse, falar como falou, valeu-lhe a ostracização e a quase mendicidade. Mas nós sabemos quem a disse e qual é a verdade.

E mentir, enganar, iludir, mangar,  não pode nunca deixar de ser ilícito e por isso mesmo prática proibida. E  muito menos o pode quando esse tipo de mentira ou ficção tira partido (ou explora) desigualdades gritantes, quer em termos de carreira pública, quer de estatuto, projecção e conhecimento sociais e económicos, de mundividência e conhecimento, etc.

Ou quando - e mais grave ainda se serve(m) de uma confiança publica obtida através de meios e ou fins institucionais, com a agravante de muitos dos detentores dessa “confiança institucional” a terem granjeado através do serviço público de Televisão (RTP/EDP) que  é paga pelos próprios destinatários da mistificação "alugada".

- Com que ética e irresponsabilidade podem as Catarinas, Fátimas Lopes e Conceições Linos, os Gouchas, Júlias e Carlos Gabrieis, que ganharam fama, notoriedade e, sobretudo, a confiança pública por tratarem – supostamente com seriedade e sinceridade - matéria social delicada, problemas sociais gerais ou individualizados e identificados, etc., com que ética podem, pois, servir-se dessa confiança para virem afiançar - a troco de pecúnio - aquilo que nem as entidades reguladoras  ou fiscalizadoras podem afiançar ou abonar em  abstracto, radicando nessa impossibilidade a sua natureza ontológica (ou razão de ser)?...

- seja “o desconto de cartão, os preços baixos, as  promoções” do Modelo-tenente, ou do Pingo Azul ou do Micro-preço, seja a caixa que é Banco, seja o Jorge do Millenium no barbeiro e ao qual este pergunta confiadamente (e através deste, todos os seus pares) tu  garantes-me, Jorge?”?...

- E qual é a responsabilidade que deve ser assacada aos mandantes, a quem os “contrata” e para tanto lhes paga?...

- E qual é a ética e a responsabilidade do sistema legal (?) que permite que isto se faça sem consequências?...

- Que certeza e segurança acautela e garante o sistema normativo que isto consente, seja por acção ou omissão?...
(continua)

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