sábado, 15 de setembro de 2012

Será o capitalismo que se inspira no jogo do "monopólio" e não o contrário?...

O capital financeiro não deveria ser objecto de negócio mas na realidade não é assim. 

Sempre que pedimos empréstimos, o Banco cria mais dinheiro, não nos empresta o dinheiro que já tem de outros depósitos mas literalmente cria dinheiro com a promessa do indivíduo que pede o crédito em pagá-lo; através de juros. Ou seja, sem dívida não existe dinheiro. ( "That is what our money system is. If there were no debts in our money system, there wouldn't be any money)."


-Marriner S. Eccles, Charman and Governor of the FEDERAL RESERVE BANK)


A nossa economia depende de crédito constante e se a quantidade de empréstimos reduzir acontece o que sucedeu em 1929, o que demonstra que vivemos num sistema económico completamente absurdo e imperfeito! Partindo deste facto, o "capital" só serve para ser transaccionado, de forma a representar mais-valia e lucro. A questão aqui premente é que não podemos continuar a viver com este tipo de sistema económico que explora o trabalhador e enriquece os líderes que "representam" (supostamente) a riqueza que nós produzimos. Na verdade, o que o ser humano necessita são recursos que de ser geridos "mesmo que existem apenas duas pessoas e daí a necessidade de economia". Porque a economia nasceu da necessidade de gerir recursos e não de gerir capital. O que realmente precisamos é de abundância de recursos e não de vivermos num sistema que premeia a escassez e daí acreditar numa altenativa a este sistema corrupto sem necessidade sequer de dinheiro! Se tivermos à disposição tudo o que precisamos não haverá propósito na existência de dinheiro, já que supostamente só o usamos para trocar por algo que nos é essencial. Se já existir de antemão, não precisamos de trocar nada para o obter, não havendo necessidade de trabalhos forçados entre outras obrigações.

COMO ADENDA (i.e., sobre a mesma matéria e noutra linha de pensamento),
O que se pretende é a compreensão de que as necessidades são diferentes dos desejos, sejam as primeiras intrínsecas ao ser (comida nutritiva, água potável, ar puro, interconectividade social e cultural, afecção, amor, habitação, cuidados médicos, educação e segurança) e as segundas acrescentos ao ser (meios rápidos de transportes, produção, distribuição e segurança energética, coesão social, etc. Por isso, e nesta era de abundância tecnológica e de know-how, o que se pretende  é a quebra das tradições monetárias, religiosas e sociais que nos prendem a modelos milenares obsoletos. "O acesso a recursos, à partilha de conhecimentos e à cooperação serão o próximo passo de uma verdadeira civilização porque este sim é o momento mais crítico do ser humano, o da transição para uma civilização estado 1"  (Michio Kako).

por
F.co / Rita Vlinder



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