O capital financeiro não deveria ser objecto de negócio mas na realidade não é assim.
Sempre que pedimos empréstimos, o Banco cria mais dinheiro, não nos empresta o dinheiro que já tem de outros depósitos mas literalmente cria dinheiro com a promessa do indivíduo que pede o crédito em pagá-lo; através de juros. Ou seja, sem dívida não existe dinheiro. ( "That is what our money system is. If there were no debts in our money system, there wouldn't be any money)."
-Marriner S. Eccles, Charman and Governor of the FEDERAL RESERVE BANK)
A
nossa economia depende de crédito constante e se a quantidade de
empréstimos reduzir acontece o que sucedeu em 1929, o que demonstra que
vivemos num sistema económico completamente absurdo e imperfeito!
Partindo deste facto, o "capital" só serve para ser transaccionado, de forma a
representar mais-valia e lucro. A questão aqui premente é que não
podemos continuar a viver com este tipo de sistema económico que explora o
trabalhador e enriquece os líderes que "representam" (supostamente) a
riqueza que nós produzimos. Na verdade, o que o ser humano necessita
são recursos que de ser geridos "mesmo
que existem apenas duas pessoas e daí a necessidade de economia". Porque a economia nasceu da necessidade de gerir recursos e não de gerir capital. O que
realmente precisamos é de abundância de recursos e não de vivermos num
sistema que premeia a escassez e daí acreditar numa altenativa a este
sistema corrupto sem necessidade sequer de dinheiro! Se tivermos à
disposição tudo o que precisamos não haverá propósito na existência de
dinheiro, já que supostamente só o usamos para trocar por algo que nos é
essencial. Se já existir de antemão, não precisamos de trocar nada
para o obter, não havendo necessidade de trabalhos forçados entre outras
obrigações.
COMO ADENDA (i.e., sobre a mesma matéria e noutra linha de pensamento),
O
que se pretende é a compreensão de que as necessidades são diferentes dos
desejos, sejam as primeiras intrínsecas ao ser (comida nutritiva, água
potável, ar puro, interconectividade
social e cultural, afecção, amor, habitação, cuidados médicos, educação
e segurança) e as segundas acrescentos ao ser (meios rápidos de
transportes, produção, distribuição e segurança energética, coesão
social, etc. Por isso, e nesta era de abundância tecnológica e de
know-how, o que se pretende é a quebra das tradições monetárias, religiosas e
sociais que nos prendem a modelos milenares obsoletos. "O acesso a
recursos, à partilha de conhecimentos e à cooperação serão o próximo
passo de uma verdadeira civilização porque este sim é o momento mais
crítico do ser humano, o da transição para uma civilização estado 1" (Michio Kako).
por
F.co / Rita Vlinder
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