domingo, 5 de outubro de 2014

Nem o depositante é ''sacador'', nem o contribuinte é ''beneficiário"

Qualificar os contribuintes [líquidos] da Segurança Social como beneficiários, não é nem simples acidente linguístico, nem mero eufemismo: é o subterfúgio histórico - herdado de salazarpara tratar os trabalhadores do sector privado - dependentes ou independentes – e que são, pelo menos desde a CRP de 1976, cidadãos plenos e iguais e são a parte maior do Povo Soberano Organizado em Forma de Nação, a República Portuguesa - [para os tratar] como meros e humildes súbditos destas novas e plurais majestades republicanas e tê-los ali mesmo, na gleba, presos pela treliça, submissosobedientes, acadimados, resignados: são o(s) cardume(s) de sardinha, i.é., o último elemento desta cadeia alimentar voraz dos Impostos e Contribuições. São muitos, são mais, mas com pouco poder (?!) e envoltos/limitados pela mesma rede de malhas apertadas.


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