(post de data apócrifa)
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"(...)terminamos com a pergunta inevitável: Mas todos os profissionais deste grupo sócio-profissional?...
... sobre isto já respondemos: não, nem metade, nem, seguramente, a metade da metade. Mas ainda assim, os mais que suficientes para contaminarem a advocacia quotidiana e o juízo social"
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Depois de umas notas avulsas de queixa sobre o assunto, cumpre esclarecer:
não é um mal nosso nem só nosso... |
Temos também uma agenda contra os estatutos de menoridade a que frequentemente está sujeita a cidadania, como é o caso do estatuto de menoridade jurídica, mas também aí os advogados só indirectamente são visados. Por mais estranho, contraditório e bizarro que pareça, extremo por extremo, não sei se não viveria mais depressa numa sociedade sem polícia de que sem advogados.
O que nos zanga e move é a má advocacia em sentido material ou formal e estatutário, é a ausência de uma visão do Direito e dos Juristas verdadeiramente transversal à sociedade (e à cidadania), às pessoas, às Instituições, às coisas (ou aos bens), e por esta precisa ordem. Nas gerações mais novas, então, nem é necessário o complemento na oração, há só falta de visão, de uma visão para o Direito e para o seu exercício.
Desde há séculos (e mais notoriamente desde o séc. XIX) havia dois grupos sócio-profissionais aos quais a sociedade, das mais variadas formas (opinião e conceitos sociais, jornalistas, cartonistas, comunicação corrente, anedotário, etc.) davas as tornas dos martírios a que estes a submetiam: os médicos e os advogados. No último (quase) meio século, os médicos foram-se desmarcando dessa reputação negativa ao mesmo tempo que foram cooptados para a certeira dos "bem-feitores correntes", sendo imenso o número de pessoas que refere que "ainda cá anda graças dos Doutores fulano e cicrano (olha a minha muito querida mãe nos seus esplendorosos 81, obrigado aos benditos Dr Américo e Dr Cerqueira, brinda ela a cada passo).
E quanto aos advogados?...
Não sendo esta necessidade de atenção redobrada com os advogados estritamente portuguêsa, por cá, entre desabafos e expressões (re)correntes como são todos iguais, venha o diabo e escolha, no fim só recebeu ele, é só para gastar dinheiro, estão feitos uns c'os outros, só serviu para me empatar, eles é que nunca ficam a perder e outros mimos do género, pode extrair-se que conclusões?... E quanto às anedotas (e chacotas), quais são as qualidades (ou competências) intelectuais/técnicas e morais que são invariavelmente sublinhadas nesse abundante anedotário?...
- a esperteza (e em benefício próprio) e a pouca seriedade.
Terminamos com a pergunta inevitável: Mas todos os profissionais deste grupo sócio-profissional?...
... sobre isto já respondemos: não, nem metade, nem, seguramente, a metade da metade. Mas ainda assim, os mais que suficientes para contaminarem a advocacia quotidiana e o juízo social, por um lado, e em número crescente, por outro, quer por via do regime de lotaria dos patronos de estágio dos novos advogados, quer por demérito do regulador.
Procidade
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